Anúncio do presidente da Ucrânia ocorre no mesmo dia em que países tentam negociar um cessar-fogo e retirada das tropas russas
CANAL NBS
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta segunda-feira (28/2) que o país vai soltar prisioneiros com experiência militar que aceitem lutar contra as tropas russas. “Dedicamos cada minuto à luta pelo nosso Estado. Todos que podem se juntar à luta contra os invasores devem fazê-lo”, disse o chefe ucranian
No começo da invasão, que teve início na última quinta-feira (24/2), o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, disse que qualquer cidadão que consiga segurar uma arma pode se unir aos militares do país para enfrentar a Rússia.
O anúncio de Zelensky ocorre no mesmo dia em que as delegações da Rússia e da Ucrânia se reúnem na tentativa de negociar um possível cessar-fogo do conflito entre os países. É a primeira vez que representantes das duas nações se reúnem desde que a Rússia deu início ao conflito. O diálogo ocorre na fronteira da Ucrânia com Belarus.
Para o governo ucraniano, além de uma interrupção do conflito, o objetivo da reunião é negociar uma saída das tropas russas que invadiram seu país.
Já o governo russo de Vladimir Putin disse esperar que as conversas comecem imediatamente, mas não quis abrir quais são os objetivos do encontro.
Conflito entre países
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existem desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).
Com autorização do presidente Vladimir Putin, tropas russas iniciaram, na madrugada da última quinta-feira (24/2), uma ampla operação militar para invadir a Ucrânia. Em pronunciamento, ele fez ameaças e disse que quem tentar interferir no conflito sofrerá consequências nunca vistas na história.
Já são cinco dias de luta armada. O conflito é considerado a maior ofensiva militar registrada na Europa desde o final da Segunda Guerra Mundial. Russos sitiaram a capital Kiev e tentam tomar o poder.
República Tcheca, Polônia, França, Estados Unidos, Holanda, Alemanha e Bélgica anunciaram o envio de ajuda estrutural de armas e dinheiro, apesar de não ordenarem apoio militar para os confrontos.
Antes o que ficava em discursos político-diplomáticos e bombardeios em campos de batalhas, passou a afetar hospitais, orfanatos, prédios residenciais, além de escolas e creches.
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