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VÍDEO! Presidente de Câmara insinua que autismo é mal 'tirado na chibata'

O comentário proferido no Plenário gerou repúdio e indignação entre parlamentares municipais

CANAL NBS Em uma declaração chocante proferida durante uma sessão da Câmara Municipal de Jucás, cidade situada na região centro-sul do estado do Ceará, o vereador Eúde Lucas (PDT), presidente da Casa, causou indignação ao sugerir, de maneira debochada, que o autismo poderia ser curado com violência física, afirmando que em sua juventude "tirava autista na chibata". As palavras do vereador surgiram em meio a uma discussão sobre uma entrevista veiculada no programa "Fantástico" no último domingo, 16, na qual a atriz Letícia Sabatella falou sobre seu diagnóstico tardio de autismo aos 52 anos. Eúde afirmou ter assistido à entrevista e relatou sua identificação com o autismo, mencionando como foi tratado devido à falta de diagnóstico em sua própria história.


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Em uma nota subsequente, Eúde Lucas, também conhecido como Eúde Duarte Lucas, lamentou suas palavras na sessão da Câmara e esclareceu sua intenção, afirmando que não pretendia ofender e que foi mal interpretado. O vereador ressaltou seu compromisso com a causa do autismo e sua atuação na apresentação de projetos de lei em apoio aos autistas em Jucás, alegando que isso decorre de seu entendimento e apoio à questão.


A repercussão negativa da declaração de Eúde não se limitou ao município. Parlamentares cearenses manifestaram indignação e repúdio às palavras do vereador. O deputado estadual Felipe Mota (União Brasil) considerou inadmissível que alguém que representa um município faça comentários desse teor e propôs uma moção de repúdio na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), pedindo uma reflexão por parte do vereador.


O vereador de Fortaleza, Márcio Martins (Pros), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa Autista da Câmara Municipal da capital, anunciou sua intenção de coletar assinaturas para apresentar uma manifestação formal de repúdio contra a fala de Eúde Lucas. Ele classificou as palavras do vereador como "não só um ato desumano, mas um ato criminoso", sugerindo que os colegas de Jucás deveriam considerar a abertura de um processo no Conselho de Ética para a possível cassação do mandato de Eúde Lucas, caso não tomem medidas concretas em relação a essa questão sensível.


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