A Corte Eleitoral formou maioria para condenar Bolsonaro à inelegibilidade pela segunda vez, além de multa de R$ 425 mil
CANAL NBS Durante a retomada do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira (31/10), o ministro Alexandre de Moraes, ao votar na ação que acusa Jair Bolsonaro (PL) de abuso de poder político e econômico nas celebrações do Bicentenário da Independência, criticou duramente o ex-presidente e o empresário Luciano Hang, conhecido como "Véio da Havan". A Corte Eleitoral já formou maioria para condenar Bolsonaro à inelegibilidade pela segunda vez.
Moraes recordou que Bolsonaro deu prioridade a Hang em detrimento do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, durante as celebrações da Independência. O ministro descreveu a cena como "patética" e "triste para o Brasil", destacando a escolha de Hang, vestido com um terno "verde-periquito", como uma situação de campanha eleitoral.
O ex-chefe do Executivo está prestes a ser condenado novamente à inelegibilidade pelo TSE, que formou maioria para decidir sobre sua condenação por abuso de poder político e econômico nas celebrações do Bicentenário da Independência em setembro de 2022. Os ministros também estabeleceram uma multa de R$ 425 mil para Bolsonaro.
Os ministros Raul Araújo e Kassio Nunes Marques votaram contra a condenação, enquanto que os votos de Ramos Tavares e Cármen Lúcia seguiram a linha do relator Benedito Gonçalves e do ministro Floriano de Azevedo Marques, que pediram a condenação não apenas de Bolsonaro, mas também do vice de sua chapa, o general Braga Netto (PL).
O foco na condenação de Braga Netto é crucial para o julgamento, pois, enquanto Bolsonaro já perdeu os direitos políticos até 2030, uma nova condenação não alteraria sua situação. No entanto, o general Braga Netto, apesar de sua participação em irregularidades, ainda não teve maioria para sua condenação. A decisão pode impactar sua elegibilidade nas eleições municipais de 2024. Para Bolsonaro, além da multa, uma nova condenação na Justiça Eleitoral pode ter implicações políticas adicionais.
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