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Unidade da Atento fechará o atendimento em São Bernardo

Trabalhadores temem perda de emprego;empresa diz que serão realocados em outros postos ou irão para home office

CANAL NBS


A tento vai fechar o site (unidade de atendimento) de São Bernardo. Ontem, em reunião entre o Sintetel (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado de São Paulo), a diretoria de RH (Recursos Humanos) da empresa confirmou que o espaço deixará de funcionar em junho e que os trabalhadores serão alocados em outros produtos nos sites próximos e que a maioria será colocada em regime de home office. Entretanto, há informações de que já em maio as operações estarão encerradas no local.

De acordo com o Sintetel, a empresa afirmou durante a reunião que nos últimos tempos tem convivido com “significativas ociosidades estruturais nos sites decorrentes da pandemia e da perda de grandes contratos”. As unidades de Santos, do bairro Belém (Capital) e Ribeirão Preto foram fechados anteriormente.


Segundo o sindicato, aproximadamente 5.000 pessoas trabalham na unidade. A empresa, entretanto, teria informado na reunião que são 3.500. Por isso, a entidade solicitou que a Atento forneça o número exato de funcionários, bem como seus contatos. A intenção é verificar se ocorrerá redução drástica no quadro de funcionários.

No Grande ABC, a Atento possui postos de trabalho em Santo André, com cerca de 2.000 trabalhadores, e em São Caetano, com 2.500 .


Segundo a entidade, dois anos atrás a empresa contava com aproximadamente 50 mil trabalhadores no Estado de São Paulo, e agora são em torno de 35 mil, o que representa 30% de redução do quadro.



“Nossa preocupação é que, com o home office, esses empregos migrem principalmente para o Norte e Nordeste, por conta da precarização das condições de trabalho”, afirma Mauro Cava de Britto, secretário geral do Sintetel. “Hoje a empresa está com uma característica híbrida. Muitas pessoas gostam de trabalhar em casa, mas não têm a dimensão do que pode acontecer. A empresa pode admitir funcionários em outros locais (do País), onde as pessoas aceitam piores condições de trabalho. Temos aqui (no Grande ABC) um trabalhador mais qualificado”, completa.


Além dos funcionários da Atento, serão impactados também os trabalhadores de empresas terceirizadas, que atuam em setores como manutenção e limpeza, por exemplo. “Tem também o comércio que se formou em torno da Atento. Tem restaurantes, padarias e academias que sobrevivem graças aos trabalhadores da Atento”, afirma Britto. DO BOATO AO FATO Na segunda-feira, uma funcionária, que preferiu não se identificar, informou que havia boatos do fim da unidade e que, inclusive, móveis e outros materiais de escritório já haviam sido desmontados. Questionada, a empresa enviou nota na qual não negava o desmonte da operação. “A Atento informa que segue atuando na região, com algumas de suas operações em modelo de trabalho remoto, um formato que vem se consolidando desde o início da pandemia no Brasil”.


Ontem, a equipe de reportagem entrou em contato novamente com a Atento, mas até o fechamento da edição não deu um parecer oficial sobre o caso.

Ao sindicato, os representantes da Atento informaram que “nos últimos tempos tem convivido com significativas ociosidades estruturais nos sites, decorrentes da pandemia e da perda de grandes contratos”.


POR DGABC





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