O vídeo viralizou nas redes socias, o agressor é um apoiador de Bolsonaro
CANAL NBS -
O Caso aconteceu na segunda dia 13, Luciano Simplicio, foi amarrado, arrastado e agredido com pontapés por um comerciante no município de Portalegre (RN), 373 quilômetros de Natal.
No video o quilombola Luciano Simplício, 19, aparece deitado no asfalto com as mãos e os pés amarrados por uma corda e recebe pontapés de um comerciante identificado como Alberan Freitas –que alegou que Simplício arremessou uma pedra em seu comércio. O agressor foi identificado nas redes sociais como apoiador do presidente Bolsonaro.
Um inquérito foi aberto para apurar os fatos pela Polícia Civil ainda no sábado. a delegada-geral que atendeu o caso, em Rio Grande do Norte, Ana Cláudia Saraiva, afirmou que as imagens apontam para o crime de tortura e maus-tratos, mas que ainda é preciso aguardar o término da investigação.
Segundo a delegada, Freitas também pode ser indiciado por racismo, mas depende de elementos testemunhais colhidos no inquérito. E que "Também irá apurar, depoimento das testemunhas, se houve motivações racistas para a agressão.
Não esta descartada a possível participação de outras pessoas no crime, que será concluído ainda nesta semana
A agressão teria acontecido após Freitas e Luciano discutirem na frente do estabelecimento do comerciante. Relatos dos moradores afirmam que o quilombola não teria feito nada contra o comerciante, mas era frequentemente chamado de "bandido e drogado", então o jovem, indignado, acabou arremessando uma pedra contra o local.
"O que é meu eu tenho o direito de defender", disse o agressor no vídeo, enquanto Simplício grita de dor.
Os dois foram conduzidos no mesmo dia pela Polícia Militar para a 4ª Delegacia Regional de Polícia de Pau dos Ferros, município vizinho a Portalegre, antes de o vídeo ganhar repercussão nas redes sociais.
Simplício foi autuado por depredação e Freitas, por lesão corporal. Os policiais que conduziram os dois não presenciaram a agressão.
Após a repercussão do vídeo, um áudio atribuído ao comerciante também passou a ser difundido nas redes sociais.
Nele, uma voz masculina, supostamente de Freitas, afirma que repetiria novamente a agressão.
Relatos de moradores da região, dizem que Simplício é quilombola da comunidade do Pega, em Portalegre, e está em situação de rua desde que perdeu os pais. A partir daí, ele teria passado a fazer uso abusivo de álcool.
A governadora Fátima Bezerra (PT), se manifestou nas redes, afirmando ter determinado a "apuração imediata e rigorosa" do caso e que o estado "não será conivente".
duas entidades afirmaram que estão dando apoio jurídico e de proteção à vítima.
A Conaq (Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos)e a (Coeppir) e afirmaram que o crime se configurou tortura e uma reprodução da escravidão.
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