O fã-clube da sambista também lamentou a ausência das peças em uma postagem.
Um admirador da cantora Clara Nunes, residente em Juiz de Fora, Minas Gerais, denunciou que o jazigo onde ela foi enterrada, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio de Janeiro, foi alvo de vandalismo. Ele sempre faz questão de visitar o túmulo da artista e, no último domingo notou algo estranho. Ele percebeu que faltavam as argolas em bronze (duas de cada lado) que ficavam nas laterais do jazigo, todo feito de mármore. O fã-clube da sambista também lamentou a ausência das peças em uma postagem.
Esse caso não foi o único registrado nos últimos dias. De acordo com André Decourt, diretor da Associação de Moradores de Botafogo, que passa pelo local quase todos os dias, pelo menos outros quatro túmulos foram alvo de ataques na semana passada.
Decourt comentou que esses túmulos estão localizados na ala principal, próxima à entrada, onde há maior vigilância. Ele questionou como seria nos túmulos mais escondidos.
O diretor também enfatizou que os túmulos das personalidades famosas são uma espécie de vitrine para o cemitério e, por esse motivo, merecem maior cuidado. O fã da cantora, também natural de Minas Gerais como ela, expressou tristeza ao constatar que as peças que estavam no lugar em sua última visita, durante a pandemia, foram roubadas do local.
O representante da ONG SOS Patrimônio, Marconi Andrade, explicou que as argolas, como as que estavam nas laterais do túmulo de Clara Nunes, geralmente são confeccionadas em bronze maciço. Por essa razão, elas costumam atrair a atenção de pessoas que procuram essas peças para vender a ferros-velhos
No início de maio, uma reportagem revelou que os frequentes ataques para roubar peças de bronze resultaram no saque de pelo menos 30 túmulos no Cemitério São João Batista, um dos principais cemitérios da cidade.
Por: MeioNorte.com
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