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Taxa de desemprego fica estável em 11,1% no primeiro trimestre, diz IBGE

Falta de trabalho ainda atinge 11,9 milhões de brasileiros, de acordo com o IBGE. Já o rendimento médio real foi estimado em R$ 2.548, um crescimento de 1,5% em relação ao trimestre encerrado em dezembro

CANAL NBS

A taxa de desocupação foi estimada em 11,1% no trimestre encerrado em março, ficando estável frente aos três meses anteriores. É o menor índice para um trimestre encerrado em março desde 2016, quando também foi registrado 11,1%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (29/4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Também houve estabilidade no número de desempregados, 11,9 milhões de pessoas. Já a população ocupada, estimada em 95,3 milhões, caiu 0,5% na mesma comparação, o que significa 472 mil pessoas a menos no mercado de trabalho.


De acordo com a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, a estabilidade da taxa de desocupação é explicada pelo fato de não haver crescimento na busca por trabalho no trimestre, movimento contrário aos meses anteriores, quando havia aumento da procura por trabalho.

“Se olharmos a desocupação em retrospecto, pela série histórica da pesquisa, podemos notar que, no primeiro trimestre, essa população costuma aumentar devido aos desligamentos que acontecem no início ano. O trimestre encerrado em março diferiu-se desses padrões”, afirma.



A queda dos trabalhadores por conta própria na comparação com o último trimestre foi de 2,5%, o que representa a saída de 660 mil pessoas dessa categoria. Desse contingente, 475 mil eram trabalhadores sem CNPJ.

Rendimento cresce 1,5% frente ao trimestre encerrado em dezembro

O rendimento médio real foi estimado em R$ 2.548, um crescimento de 1,5% em relação ao trimestre encerrado em dezembro. Na comparação com o trimestre encerrado em março do ano passado, houve queda de 8,7%.

Já a massa de rendimento ficou estável frente ao trimestre anterior. Ela foi estimada em R$ 237,7 bilhões, ficando estável também na comparação com o mesmo período do ano anterior. “Esse aumento é importante se considerarmos que esse indicador vinha em queda desde o segundo trimestre do ano passado. De modo geral, quando a participação dos trabalhadores formais aumenta, o rendimento médio da população ocupada tende a crescer”, explica a coordenadora Adriana Beringuy.

Mais sobre a pesquisa

A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e no Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.


Em função da pandemia da covid-19, o IBGE implementou a coleta de informações da pesquisa por telefone a partir de 17 de março de 2020. Em julho de 2021, houve a volta da coleta de forma presencial. É possível confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de atendimento (0800 721 8181), conferindo a matrícula, RG ou CPF do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante.

POR CORREIO BRAZILIENSE


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