Indecisos são 3%, e brancos e nulos, 8%, mostra a pesquisa
CANAL NBS Tarcísio de Freitas (Republicanos) mantém a vantagem na eleição para o Governo de São Paulo, com 49% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (19). Fernando Haddad (PT) marca 40%.
Brancos e nulos somam 8%. Há ainda 3% que declararam não saber em quem votar. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando o índice de confiança de 95%.
O cenário é de estabilidade. Na rodada anterior da pesquisa, divulgada no último dia 7, Tarcísio, que é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), tinha 50% das intenções de voto. Haddad, que tem o ex-presidente Lula (PT) como cabo eleitoral, marcava 40%.
O novo levantamento, contratado pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, ouviu 1.806 pessoas, de segunda-feira (17) a esta quarta, em 74 municípios. A pesquisa foi registrada no TSE com o número SP-01542/2022.
Considerando os votos válidos, Tarcísio tem 55%, e Haddad, 45% -mesmos valores do último levantamento. A totalização de votos válidos, que exclui da conta brancos, nulos e indecisos, é o critério usado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para contabilizar o resultado do pleito.
Entre eleitores de Lula, 9% votam em Tarcísio e 84% em Haddad. Já entre quem declara voto em Bolsonaro, 90% escolhem Tarcísio e 4%, Haddad.
Tarcísio marca 40% na região metropolitana e 56% no interior, enquanto Haddad tem 48% na região metropolitana e 33% no interior.
A intenção de votos de Tarcísio é de 51% entre homens e 47% entre mulheres, enquanto a de Haddad é 40% nos dois grupos. No eleitorado católico, 47% votam em Tarcísio ante 43% em Haddad. Os evangélicos se dividem entre 61% para o candidato do Republicanos e 27% para o candidato do PT.
Entre quem cursou o ensino fundamental, Tarcísio tem 42% e Haddad chega a 48%. Para os eleitores com ensino superior, o bolsonarista marca 52% e o petista tem 39%.
Haddad tem vantagem entre os pretos (47% a 42%). Tarcísio tem 52% de votos entre brancos, ante 37% do rival.
Tarcísio marca 45% entre quem tem mais de 60 anos e quem tem de 16 a 24 anos. Sua maior vantagem é na faixa dos 35 a 44 anos, com 54%. Para quem recebe até 2 salários-mínimos, ele tem 40%. E marca 50% entre quem recebe mais de 10 salários-mínimos.
Haddad soma 45% entre quem tem mais de 60 anos e 42% entre jovens de 16 a 24 anos. O petista alcança 45% entre quem recebe até 2 salários-mínimos e 48% entre quem recebe mais de 10 salários-mínimos.
O candidato com maior rejeição é Haddad. Não votariam no petista 49% dos entrevistados. O índice é de 42% para o bolsonarista. No levantamento anterior, Haddad tinha 51% de rejeição, e Tarcísio, 39%. A pesquisa mostra que, enquanto 49% afirmam não votar de jeito nenhum em Haddad, outros 39% indicam que vão votar com certeza nele, 11% talvez e 1% não sabe. Para Tarcísio, são 42% que não votam de jeito nenhum e 42% que votarão com certeza. Outros 14% talvez votem, e 2% não sabem.
O Datafolha perguntou aos eleitores se eles estão convictos do seu voto ou se ainda podem mudar. A grande maioria (88%) está decidida, e uma minoria de 13% admite trocar de candidato.
No grupo que vota em Tarcísio, 88% estão decididos e 11% podem mudar. Para Haddad, são 87% os convictos e 12% os que admitem migrar.
Haddad fica numericamente à frente do rival como segunda opção de voto, com 13% ante 11% de Tarcísio -o que, na prática, significa empate dentro da margem de erro. Na pesquisa anterior, era o bolsonarista quem liderava como segunda opção de voto, com 19% ante 13%.
Brancos e nulos, no entanto, são indicados por 70% como segunda opção de voto.
No primeiro turno, Tarcísio terminou à frente com 42,32% dos votos válidos, enquanto Haddad marcou 35,7%. O governador Rodrigo Garcia (PSDB), que terminou em terceiro numa derrota histórica para os tucanos, declarou apoio a Tarcísio e Bolsonaro.
Tarcísio tem acumulado apoio de prefeitos e de partidos no segundo turno, o que consolida seu favoritismo. Ele e Haddad apostam na nacionalização da campanha paulista, em busca de alavancarem seus padrinhos e serem alavancados ao mesmo tempo. POR FOLHAPRESS
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