IPCA teve alta de 1,25% em outubro, informou o IBGE nesta quarta-feira. Gasolina teve o maior impacto no índice do mês
CANL NBS - POR METRÓPOLS
A alta de 1,25% na inflação de outubro foi puxada principalmente pelas variações nos preços dos combustíveis e dos alimentos.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quarta-feira (10/11), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro. No ano, a inflação acumula alta de 8,24% e nos últimos 12 meses, de 10,67%.
A gasolina foi o item que mais impactou o indicador em outubro, com alta de 3,1%.
No ano, a gasolina variou 38,3%, em meio a uma série de reajustes promovidos pela Petrobras no preço do combustível vendido pelas refinarias às distribuidoras. “Transportes tiveram a maior variação e o maior impacto de longe no índice do mês”, afirma o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.
Entenda como é calculado o preço da gasolina
Além da gasolina, houve aumento também nos preços do óleo diesel (5,77%), do etanol (3,54%) e do gás veicular (0,84%), segundo o IBGE. Também aceleraram os preços das passagens aéreas, em 33,86%.
O grupo dos alimentos e bebidas teve a segunda maior contribuição para a alta de 1,25% na inflação em outubro.
O tomate teve alta de 26% e a batata-inglesa, 16%. Esses aumentos se devem à redução da oferta devido ao frio e às chuvas, explica Kislanov.
Também subiram o café moído (4,57%), o frango em pedaços (4,34%), o queijo (3,06%) e o frango inteiro (2,8%). A alimentação fora do domicílio passou de 0,59% em setembro para 0,78% em outubro. Por outro lado, recuaram os preços do açaí (-8,64%), do leite longa vida (-1,71%) e do arroz (-1,42%).
Principais altas – não alimentos
Passagem aérea: 33,86%
Transporte por aplicativo: 19,85%
Óleo diesel: 5,77%
Alimento para animais: 4,45%
Pacote turístico: 3,7%
Gás de botijão: 3,67%
Etanol: 3,54%
Gasolina: 3,1%
Roupa feminina: 2,26%
Revestimento de piso e parede: 2,26%
Hospedagem: 2,25%
Roupa infantil: 2,01%
Tinta: 2%
Mobiliário: 1,89%
Motocicleta: 1,86%
Seguro voluntário de veículo: 1,79%
Automóvel novo: 1,77%
Roupa masculina: 1,7%
Conserto de automóvel: 1,6%
Eletrodomésticos e equipamentos: 1,54%
Calçados e acessórios: 1,44%
Cigarro: 1,28%
Energia elétrica residencial: 1,16%
Automóvel usado: 1,13%
Tv, som e informática: 0,99%
Artigos de limpeza: 0,95%
Produtos farmacêuticos: 0,91%
Cabeleireiro e barbeiro: 0,91%
Aluguel residencial: 0,9%
Aparelho telefônico: 0,72%
Higiene pessoal: 0,51%
Principais altas – alimentos
Tomate: 26,01%
Batata-inglesa: 16,01%
Açúcar refinado: 6,37%
Café moído: 4,57%
Frango em pedaços: 4,34%
Açúcar cristal: 4,23%
Queijo: 3,06%
Frango inteiro: 2,8%
Óleo de soja: 1,97%
Cerveja: 1,77%
Lanche: 1,31%
Frutas: 1,03%
Pão francês: 0,78%
Refeição: 0,74%
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