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Receita Federal anula isenção fiscal a líderes religiosos

A isenção foi concedida no governo Bolsonaro, às pressas, pouco antes da eleição de 2022.



O Secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, reverteu uma decisão do governo Bolsonaro que havia concedido isenção de impostos sobre os salários de ministros de confissão religiosa, como pastores. Essa medida foi tomada em atendimento à determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), ocorrendo às vésperas da eleição de 2022.


A concessão da isenção não seguiu o procedimento habitual de análise pela subsecretaria de tributação da Receita, o que gerou surpresa na época. Essa anomalia levou à decisão de restabelecer a cobrança dos impostos sobre os salários de religiosos.


Tanto na eleição de 2022 como no início de seu segundo ano de governo, Lula mostrou certo desejo de apaziguamento dos ânimos políticos no país. Em busca de governabilidade, ele tem buscado se aproximar mais de parlamentares de fora do seu principal campo político, o que inclui a Frente Parlamentar Evangélica.

Embora não tenham se manifestado nas redes sociais, há deputados evangélicos externando sua imensa insatisfação com o retorno da tributação e entoam um discurso de perseguição do governo Lula contra os evangélicos, mesmo a decisão que determinou o fim da isenção sendo originada na Receita Federal.




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