Agenda, que ocorre no Palácio do Planalto, também conta com a presença do ministro das Comunicações, Fábio Faria
CANAL NBS
O presidente da Meta, empresa que controla o WhatsApp, se reúne na manhã desta quarta-feira (27/4) com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro das Comunicações, Fábio Faria. Em meados de abril, Bolsonaro adiantou que o governo iria solicitar uma reunião com representantes do WhatsApp para discutir o acordo do aplicativo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O acerto entre a empresa e a Corte eleitoral envolve, entre outras coisas, o adiamento da implementação de um novo recurso no Brasil para após as eleições gerais.
“Já conversei com o Fábio Faria, vai conversar com representante do WhatsApp aqui no Brasil para explicar o acordo”, disse o presidente em entrevista à CNN em 16 de abril. “Se ele [WhatsApp] pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também, por que não?”, questionou o presidente.
O Metrópoles confirmou que Guilherme Horn, “head” do WhatsApp no país, chegou ao Planalto por volta das 10h.
Em 14 de abril, o WhatsApp anunciou que o recurso “comunidades”, que vai abrigar diversos grupos com milhares de usuários, será lançado no Brasil apenas após o segundo turno das eleições. O compromisso de só implementar o recurso no país posteriormente foi firmado com o TSE. Atualmente, os grupos reúnem até 256 usuários. Em reação, Bolsonaro disse que o trato pactuado é “inadmissível, inaceitável e não vai ser cumprido”.
“Isso [é o] que o WhatsApp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora, abrir uma excepcionalidade para o Brasil é inadmissível, inaceitável e não vai ser cumprido esse acordo que porventura eles realmente tenham feito com o Brasil, com informações que eu tenho até o presente momento”, disse Bolsonaro em discurso a apoiadores em São Paulo.
Segundo o presidente, o acordo fere a liberdade de expressão. “Não vai ser um acordo com o TSE que o WhatsApp vai fazer e vai impor a toda a população brasileira”. Para Bolsonaro, “no Brasil, ou o produto [WhatsApp] está aberto para todo mundo ou tem restrição para todo mundo”.
Comentarios