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Por inclusão Morgan Freeman faz discurso na abertura da Copa do Catar

Jung Kook e Fahad Al-Kubaisi comandam a festa de abertura da Copa do Catar. Fifa faz discurso pela inclusão e pela diversidade no evento

CANAL NBS

A Copa do Mundo 2022 começa neste domingo (20/11), com o confronto entre Catar e Equador, válido pelo Grupo A do torneio. Porém, antes de a bola rolar pelo gramado do estádio Al Bayt, a Fifa, organizadora do evento, preparou uma cerimônia de abertura às 11h40 (horário de Brasília) e um discurso sobre inclusão e diversidade, pronunciado pelo ator Morgan Freeman – mesmo em meio às duras críticas que o país-sede tem recebido por conta de violações aos direitos humanos e discriminação contra a comunidade LGBTQIAP+.

“O tema da cerimônia de abertura é a união de toda a raça humana, interligando diferenças por meio da humanidade, do respeito e da inclusão. O futebol permite nos unir como uma única tribo, e a Terra é a tenda em que todos nós vivemos”, informou a organização. A cerimônia teve show do catari Fahad Al-Kubaisi e do cantor sul-coreano Jung Kook, um dos integrantes do famosos grupo de k-pop BTS.

Fifa/ReproduçãoJung Kook e Fahad Al-Kubaisi cantam na cerimônia de abertura da Copa do Mundo do Catar



Fahad Al-Kubaisi é um cantor famoso nos estados árabes do Golfo Pérsico e uma das principais estrelas catari, reconhecido pelo gênero khakiji.

Jung Kook tem 25 anos de idade e, atualmente, é uma das estrelas da música. O rapaz sul-coreano é o caçula do grupo BTS, expoente do k-pop no mundo. A banda, formada por sete integrantes, recentemente anunciou uma pausa na carreira.

Em voo solo, o artista emplacou o sucesso Left and Right, em parceria com Charlie Puth, outro astro em ascensão da nova geração; a faixa está entre as 25 mais ouvidas nas paradas norte-americanas.


Polêmica na Copa do Catar

As apresentações na cerimônia de abertura da Copa do Catar estavam marcadas por polêmicas antes mesmo de começarem. Jung Kook, por exemplo, enfrentou críticas dos fãs por aceitar fazer o show no país. Admiradores do artista não aprovaram a decisão do cantor de se associar ao país que adota uma política anti-LGBTQIAP+.

Alvo de especulações ao longo dos últimos meses, a cantora inglesa Dua Lipa negou que participaria da cerimônia e fez críticas ao Catar e à Fifa.

“Estarei torcendo para a Inglaterra de longe e espero visitar o Catar quando ele cumprir todas as promessas de direitos humanos que fez quando ganhou o direito de sediar a Copa”, completou Dua Lipa.


Sem cerveja, mas com questionamentos

Às vésperas do torneio, o Catar anunciou que proibiria a venda de bebidas alcoólicas nas imediações dos estádios.

Inicialmente, o acordo liberava a venda desses produtos no entorno dos oito estádios da competição. O governo do país, no entanto, voltou atrás: serão comercializadas apenas cervejas sem álcool.

A decisão, tomada às vésperas do início do Mundial, desagradou a Fifa e os patrocinadores, em especial a Budweiser, fornecedora oficial de cervejas da competição. A entidade se pronunciou, em comunicado: “Depois de discussões entre as autoridades locais e a Fifa, foi decidido que a venda de bebidas alcoólicas será restrita à Fifa Fan Festival e a outros lugares licenciados destinados aos fãs, retirando os pontos de venda de cerveja do perímetro dos estádios da Copa do Mundo de 2022. Não haverá impacto na venda de Bud Zero, que vai continuar disponível em todos os estádios do Qatar”.


O presidente da entidade, em entrevista no sábado (19/11), encerrou o assunto sem polemizar. “Nós vamos sobreviver”, falou Gianni Infantino.

Matthias Hangst/Getty Images

Gianni Infantino, presidente da Fifa

Vale lembrar que a decisão, que partiu diretamente da família real catari, deu-se devido a costumes do país, onde é proibido o consumo de álcool. Algumas normas, incluindo a do álcool, foram flexibilizadas para o mundial, porém, a nova determinação só permite o consumo em bares e hotéis licenciados.


Além da questão envolvendo as bebidas alcoólicas, outro tema foi alvo de debates antes da Copa do Mundo do Catar. Organizações internacionais apontaram graves violações aos direitos humanos na construção de estádios e outras obras ligadas ao evento. Sobre o assunto, Infantino minimizou e chamou de hipocrisia os questionamentos.

Na mesma entrevista, o diretor de comunicação da Fifa, Ryan Swanson, declarou pela primeira vez publicamente que é gay e garantiu ter sido bem recebido no Catar. A questão ganha relevância porque no país manifestações homoafetivas são proibidas e podem gerar punições.

POR METRÓPOLES



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