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“Poderia ter sido pior”, diz homem baleado após briga com candidato.

Raimundo Eduardo Pereira da Silva, 29 anos, levou tiro no rosto. A bala desceu pela cavidade nasal e ficou alojada no pulmão

CANAL NBS O churrasqueiro Raimundo Eduardo Pereira da Silva (foto em destaque), 29 anos, baleado no rosto após discussão com um candidato do PTB, segue em observação no Hospital de Base do DF. A vítima acabou atingida perto do olhos. A bala desceu pela cavidade nasal e ficou alojada no pulmão do funcionário de churrascaria. “Agora é recuperação. A maior preocupação é que não posso ficar parado, preciso voltar a trabalhar logo, mas tenho que esperar me recuperar totalmente. Graças a Deus, eu estou bem. Sei que poderia ter sido pior”, conta Raimundo, em entrevista ao Metrópoles.



O caso ocorreu no sábado (27/8), na churrascaria Tchê Garoto, na Vila Planalto. O atirador é o ex-bombeiro Marco Antônio Leal da Silva, 55 anos. Ele acompanhava o candidato a deputado distrital Rubens de Araújo Lima, conhecido como Rubão, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). De acordo com Raimundo, ele e outros funcionários da churrascaria foram até o carro do candidato para reclamar do volume da propaganda política. Em seguida, o candidato teria empurrado o dono da churrascaria, enquanto Marco Antônio pegou uma arma de fogo no carro disparou contra Raimundo. “Foi tudo muito rápido. Não imaginávamos que ninguém ali estaria armado. Se soubéssemos, não teríamos saído da churrascaria. Quando ele pegou a arma, já voltou atirando contra mim e teria atirado em outras pessoas se minha esposa não tivesse interferido”, lembrou Raimundo.


Após o marido ser baleado no rosto, a atendente de caixa do estabelecimento, Ana Paula de Carvalho, 22 anos, se colocou na frente do atirador antes que ele acertasse seu tio. A mulher está grávida de 3 meses e tem um filho de 1 ano. Porte ilegal de arma

A Polícia Civil autuou em flagrante, por porte ilegal de munição, o político. Segundo a PCDF, foi encontrado no veículo do candidato munições de 9mm. Rubão não tem permissão para ter as balas e nem para portar qualquer tipo de arma de fogo. Ao Metrópoles, o candidato do PTB à Câmara Legislativa do DF pronunciou-se e disse que lamenta o ocorrido.


“Eu estava em uma via pública panfletando e colocando algumas falas sobre minhas bandeiras e projetos com um auxiliar. Pedi que ele fosse almoçar no referido restaurante. Quando ele regressou, pedi que ele ficasse no carro, que eu iria almoçar em minha casa. Antes que eu terminasse, ele me ligou pedindo que eu regressasse urgente, pois haviam desligado e estavam querendo quebrar o som”, explicou.


Rubão disse, ainda, que voltou ao local e foi agredido por cinco rapazes. “Vários jovens vieram em minha direção. Novamente, eles desligaram o som do carro, jogaram o conversor da bateria no chão e me agrediram com socos e pontapés. Nesse momento, o amigo vendo que eu estava sendo agredido covardemente por cinco jovens, em legítima defesa de terceiros, efetuou o disparo”, defendeu-se.


Marco Antônio fugiu do local e a polícia do DF está mobilizada à procura dele. No carro de Rubão, um Accord Honda Prata, havia um adesivo como nome do candidato seguido da frase “Nem um passo atrás”, com o número dele nas urnas. POR METRÓPOLES


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