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PF e MPF fazem operação contra o tráfico internacional de armas

Uma das equipes foi até uma casa em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio. Ação também acontece na Flórida, nos Estados Unidos

PF e MPF fazem operação contra o tráfico internacional de armas Divulgação / PF

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Rio - A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), deflagrou a operação 'Florida Heat', na manhã desta terça-feira, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de armas dos Estados Unidos para o Brasil. Ronnie Lessa, réu pela morte de Marielle Franco, é um dos alvos da operação. O mandado contra ele foi cumprido na Penitenciária de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Ação também acontece na Flórida, nos EUA. Até o momento, um homem foi preso.

Material apreendido na casa de um dos alvos em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio - Divulgação / PF

Agentes saíram para cumprir sete mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão na capital fluminense; em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul e em Miami, nos EUA. A 1ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro também determinou o sequestro de bens, avaliados em cerca de R$ 10 milhões.

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Durante a ação, os policiais apreenderam relógios, jóias, armas, celulares e um colete a prova de balas da Polícia Federal. As investigações, que já duram cerca de dois anos, descobriram a existência de um grupo responsável pela compra de armas de fogo, peças, acessórios e munições nos EUA e, posterior, envio ao Brasil. A entrada do armamento no Brasil se dava através de rotas marítimas (contêineres) e aéreas (encomenda postal) pelos estados do Amazonas, São Paulo e Santa Catarina e tinham como destino final uma residência em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio. Segundo a PF, o material era guardado dentro de equipamentos como máquinas de soldas e impressoras, despachados juntamente a outros itens como telefones, equipamentos eletrônicos, suplementos alimentares, roupas e calçados. Desta residência, a quadrilha usava uma impressora 3D para terminar de montar o armamento, que posteriormente eram distribuídos para traficantes, milicianos e assassinos de aluguel. O dinheiro para a compra do armamento era enviado do Brasil para os EUA através de doleiros. Foi identificado um brasileiro, dono de churrascarias em Boston, que recebia parte desse dinheiro e repassava para os alvos residentes nos EUA. O grupo investia o dinheiro adquirido com o tráfico de armas em imóveis residenciais, criptomoedas, ações, veículos e embarcações de luxo. Ao longo da investigação, foram apreendidos milhares de armas, peças, acessórios e munições de diversos calibres, tanto no Brasil, quanto nos EUA.


Os acusados vão responder pelos crimes de tráfico internacional de armas, organização criminosa e lavagem de capitais. O nome da operação 'Florida Heat' faz referência ao estado americano de onde as armas eram enviadas ao Brasil pelo grupo criminoso.

A ação teve o apoio da Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI) da Embaixada dos Estados Unidos, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) e da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro dos Macacos.



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