Obra de um dos principais entomólogos da humanidade, escrito originalmente em alemão, deve oportunizar o acesso ao pensamento de europeu radicado no Oeste de Santa Catarina.
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A Origem da Vida, uma das obras mais instigantes do cientista e entomólogo Fritz Plaumann, ganha um novo capítulo na história a partir de agora. Concebido originalmente em 1.949, em alemão, língua principal do autor que deixou a Europa, para dedicar-se à pesquisa no interior de Santa Catarina, a produção literal, tem edição traduzida para o português, lançada nesta terça-feira, 26 de abri, em Chapecó, SC.
O evento, que acontece às 19:00 horas, no auditório do bloco A, na Universidade Federal Fronteira Sul – (UFFS), campus de Chapecó, tem como ponto principal, a Aula Magna do Programa de Pós-Graduação em História da UFFS.
A professora Dra. Samira Peruchi Moretto, coordenadora do programa, aguarda com grande expectativa o evento, que tem como convidado o Professor Dr. João Klug da Universidade Federal de Santa Catarina - (UFSC), autor da obra traduzida: “Este é um momento para comemorarmos com a comunidade acadêmica e com toda a sociedade, não apenas pela presença deste importante pesquisador em nosso meio, mas principalmente pelo avanço que representa a tradução desta literatura de Fritz, para a humanidade”, afirma a realizadora do evento.
Formado em Veterinária pela Universidade Federal de Pelotas, graduado em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (1988), mestre em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (1991) e doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (1997), com Pós-Doutorado na Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, o escritor João Klug é professor da Universidade Federal de Santa Catarina - (UFSC). Profissional com vasta experiência na área de História, com ênfase em História Moderna e Contemporânea, Klug tem atuado na academia, com temas como imigração, colonização, meio ambiente, identidade, luteranismo e germanidade.
O evento que é aberto ao públicop, lança um novo olhar sobre a vida e obra de Fritz Plaumann, evidenciando o legado deixado para a humanidade por este importante cientista, que viveu na região do Alto Uruguai Catarinense e participou da dialética dos povos locais.
Conheça a trajetória de Fritz Plaumann:
Natural da Prússia Oriental, região da atual Lituânia, Fritz Plaumann, chegou ao Brasil, em 1924. Na pequena comunidade de Nova Teutônia, no interior de Seara, Oeste de Santa Catarina, ao longo de 60 anos de trabalho, dedicou-se à pesquisa científica, catalogando cerca de 80 mil exemplares de 17 mil diferentes espécies de insetos. Destas, pelo menos 1.500 eram desconhecidas da ciência, recebendo em alguns casos o nome do entomologista.
O resultado da ação do cientista, deu origem ao Museu Entomológico Fritz Plaumann, considerado a maior unidade entomológica da América Latina, inaugurada em outubro de 1988.
Reconhecido mundialmente pela autonomia nas pesquisas de invertebrados, o cientista conquistou o prestígio de importantes cientistas como o brasileiro Costa Lima, o americano Charles Alexander, além do austríaco Karl Sched, os quais fortaleceram e evidenciaram a trajetória de Plaumann na região Oeste de Santa Catarina.
Ao longo da carreira científica, recebeu diversas condecorações, incluindo a Medalha do Mérito Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, obtida em 1995. Anos mais cedo, em 1991, recebeu a mais alta condecoração do campo da ciência da Alemanha: a Grã-Cruz do Mérito Científico. Também foi considerado pelo presidente da Californian Academy of Science o maior colecionador de insetos da América Latina do Século XX. Tendo obtido em 1992, a Medalha do Mérito Anita Garibaldi do governo de Santa Catarina.
Mais informações e agendamento de entrevistas:
Samira Peruchi Moretto – Coordenadora do PPGH - UFFS
sec.ppgh@uffs.edu.br (49) 2049-6461
Por: Ernoy L. Mattiello – Especial (49) 9 9925 92 25
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