Em depoimento informal a policiais militares, adolescente teria dito que recebeu R$ 2 mil para contribuir com criminosos da chacina
CANAL NBS Na madrugada desta quarta-feira (25/1), a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) I pediu pela internação provisória do jovem de 17 anos, por suspeita de envolvimento na chacina de nove pessoas da mesma família. A medida foi solicitada à Justiça após ele ser localizado por policiais militares.
O adolescente chegou à delegacia por volta das 21h, depois de a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) receber denúncia anônima de que o jovem estaria escondido em um apartamento, no Itapoã.
O jovem foi levado para a DCA I, por ter em aberto dois mandados de busca e apreensão por prática análoga aos crimes de roubo e tráfico de drogas. No entanto, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) o liberou, pois as ordens judiciais haviam expirado. Em depoimento informal aos PMs, o adolescente teria dito que recebeu R$ 2 mil e, depois, ganharia mais R$ 3 mil de Horácio Barbosa para ajudar no plano criminoso. Mecânico, Horácio é um dos três presos por participação na chacina. Ele tem 49 anos.
A função do adolescente apreendido, segundo a PMDF, seria ajudar a cuidar da logística do cativeiro, inclusive com transporte de móveis e auxílio na transferência das vítimas para o local.
Um adulto, também preso na noite dessa terça-feira (24/1), negou envolvimento na chacina e alegou que apenas estava no mesmo lote onde o jovem foi abordado pelos PMs.
O detido passou cerca de duas horas na delegacia e, após comprovar que não teria relação com o caso, acabou liberado. “Ele [o adulto] fazia uso de entorpecente com o menor e tinha conhecimento do delito cometido pelo adolescente, mas, a princípio, não tem envolvimento direto com a situação [da chacina]”, comentou o tenente Yuri, da PMDF.
Três homens acusados pelo crime estão presos. Contudo, o quarto suspeito, Carlomam dos Santos Nogueira, 26, segue foragido. Durante as apurações, a PCDF localizou impressões digitais de Carlomam no cativeiro e no carro de uma das vítimas.
Mais cedo, também nesta terça, chegou a confirmação de que os corpos encontrados carbonizados em um carro na BR-251, na cidade de Unaí (MG), em 14 de janeiro, são de Renata Juliene Belchior, 52 anos, e Gabriela Belchior de Oliveira, 25, respectivamente esposa e filha de Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54.
Com isso, agora, passam a ser nove mortes entre as 10 pessoas de uma mesma família que desapareceram no Distrito Federal. A informação, adiantada pelo Metrópoles, foi confirmada em coletiva de imprensa pela médica-legista e diretora do Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte (MG), Naray Jesimar Aparecida Paulino. POR METRÓPOLES
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