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Parada do Orgulho LGBT de São Paulo terá 1ª edição online devido ao surto de coronavírus

Organização responsável pelo evento diz que, por enquanto, a Parada presencial adiada para o dia 29 novembro, está mantida.


MIGUEL SCHINCARIOL VIA GETTY IMAGES

By Andréa Martinelli - Por Huffpost

Devido ao isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus, a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo realizará sua primeira edição online. O evento, que leva cerca de 3 milhões de pessoas à Avenida Paulista anualmente será transmitido pelo YouTube no dia 14 de junho, data inicial do evento.


Porém, o adiamento do evento presencial continua mantido para o dia 29 de novembro*, diz a organização. Com este evento, a Parada de São Paulo se junta a outras organizações pelo mundo que uniram forças para, mesmo diante do surto de covid-19, não deixar de comemorar o orgulho LGBT pelo mundo.

Em comunicado, a organização afirma que “todos são conscientes sobre as restrições que vivemos, a mobilidade urbana, o confinamento social” e estes fatores não poderiam deixar “a data de celebrar nosso Orgulho” de lado.

O evento será realizado pela ONG APOGLBT, em parceria com o Dia Estúdio - e transmitido pelo YouTube oficial da ONG e plataformas de parceiros - que ainda não foram anunciados. Segundo a organização, o evento será realizado das 10h às 18h e terá sua programação completa divulgada nos próximos dias.

A APOGLBT afirma que esta também é uma oportunidade de coletar doações para o projeto “Rede Parada Pela Solidariedade” que, no atual momento, tem apoiado uma parcela da população LGBT em situação de vulnerabilidade. 

“Nosso objetivo [com o evento] é ajudar e dar visibilidade para a comunidade LGBT como parte da estratégia da ONG de manter as pessoas seguras em suas casas e conectadas com o movimento”, diz comunicado da ONG.

Em 2019, a Parada ocorreu sob o governo Bolsonaro pela primeira vez e, por isso, a expectativa sobre como os participantes se posicionariam em relação ao presidente, conhecido por histórico de declarações homofóbicas, era grande. Mas a grande maioria dos participantes, e na maior parte do percurso da Parada, preferiu não fazer de Bolsonaro o centro do movimento. O recado geral dos LGBT foi claro: o protagonismo é deles, e não há volta para o “armário”. Ano passado, as revoltas de Stonewall - que deram pontapé para manifestações LGBTs em todo o mundo - completaram 50 anos e a Parada se tornou uma grande celebração dos movimentos por reivindicação de direitos.

Segundo levantamento feito pela Secretaria Municipal de Turismo, por meio do Observatório da Secretaria de Turismo, o evento realizado na Avenida Paulista reuniu cerca de 3 milhões de pessoas e movimentou R$ 403 milhões.  Ainda conforme a pesquisa, a Parada registrou aumento de 78% no número de visitantes em relação à 2017, último ano em que o estudo foi realizado. Nesses dois anos, o número de não residentes que participaram do evento na cidade subiu de 24,3% para 43,4%. Para 2020, o tema escolhido foi “Democracia”. E o slogan do evento escolhido foi “Sejamos o pesadelo dos que querem roubar nossa Democracia”. Mesmo com a alteração da data, o tema se mantém, segundo os organizadores. “Estamos em um momento que exige por parte da sociedade organizada uma ação coletiva. A APOGLBTSP, organizadora da maior manifestação social e por direitos humanos de rua e que luta por igualdade, diversidade, direitos humanos e por democracia no Brasil vem a público conclamar todas as organizações que têm apreço pelo regime democrático e aos princípios fundamentais a unir forças”, diz texto do manifesto dos organizadores.

*Inicialmente o evento estava marcado para acontecer no dia 22 de novembro.Mas foi alterada para o dia 29“em função das alterações dos próximos feriados de julho e novembro pelo governo do estado de São Paulo”, diz comunicado.

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