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Operação prende suspeito de lavar dinheiro da milícia de Zinho

Segundo as investigações, os milicianos integrantes do núcleo financeiro da organização são proprietários de inúmeras empresas, em especial postos de gasolina e lojas de conveniência


CANAL NBS A Polícia Civil realiza nesta quinta-feira (1°) a Operação Contaminação em que o objetivo é o cumprimento de um mandado de prisão e 42 de busca e apreensão, no Rio e em Minas Gerais, contra o braço financeiro da milícia. Na ação, o principal alvo, Cleber Oliveira da Silva, o Clebinho, foi preso. O miliciano é apontado como um dos responsáveis pela lavagem de dinheiro da maior milícia do estado, chefiada por Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, que age principalmente em Campo Grande e Santa Cruz, na Zona Oeste.

Na operação, também foi preso o ex-PM Diego Machado Ferreira. Segundo a corporação, o agente foi licenciado a bem da disciplina em junho de 2020, não pertencendo mais aos quadros da PMERJ. Ainda na ação, foram apreendidos pistolas, fuzis, munições e quatro veículos.


De acordo com as investigações, Cleber também obtém bens mediante a cobrança de “taxa de segurança”, agiotagem, extorsões, homicídios, comércio ilegal de combustíveis, tráfico de armas e exploração do transporte alternativo e de máquinas caça-níqueis. Dentre os objetivos da operação estão ainda a obtenção de provas dos crimes citados.


Ele já havia sido preso em 2017 em um apartamento em frente ao mar, na Avenida Lúcio Costa, na Barra. Na época, no mesmo endereço os agentes apreenderam um Toyota Corolla blindado, um Chevrolet Camaro, além de joias, documentos e R$168 mil em espécie.


Segundo informações apuradas pela Delegacia Especializada em Combate ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), os milicianos integrantes do núcleo financeiro da milícia são proprietários de inúmeras empresas, em especial postos de gasolina e lojas de conveniência, possuindo patrimônio incompatível com seus rendimentos. Além de possuir carros importados e imóveis de luxo em nome de outras pessoas, ligadas à milícia.

Ao todo, cerca de 200 policiais estão em diligências em postos de gasolina, lojas de conveniência e outros estabelecimentos, além de endereços residenciais. Para a operação, a Justiça também decretou medidas constritivas, como o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens e arresto de valores até R$ 93 milhões, bem como a quebra de sigilos fiscal e bancário.


A apuração do caso teve início a partir do encaminhamento de dados de inteligência financeira pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), dando conta de relevantes movimentações financeiras suspeitas ou atípicas envolvendo os alvos da operação, tendo sido detectada uma grande entrada de recursos em espécie depositados em contas de suas empresas, de forma fracionada.


Segundo os agentes, há indícios de que capitais oriundos de atividades criminosas estejam sendo misturados a recursos de origem legítima das empresas, com o objetivo de promover a lavagem de dinheiro. As investigações realizadas identificaram suspeitos com anotações criminais, empregados cadastrados, que operariam a reciclagem do dinheiro ilegal, por meio de depósitos de valores suspeitos nas contas dos postos de gasolina.


A operação é realizada por agentes da Delegacia Especializada em Combate ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD). Além disso, também deram suporte operacional à ação agentes da Polícia Civil de Minas Gerais e técnicos de uma concessionária de energia elétrica. POR O DIA


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