Camila Cecconello, em entrevista à GloboNews, afirmou que a perícia no telefone pode trazer novos elementos para a investigação
CANAL NBS
A delegada responsável pelo caso da morte do guarda municipal e tesoureiro petista morto em Foz do Iguaçu (PR), Camila Cecconello, afirmou que as investigações podem mudar de rumo com perícia no celular do suspeito. O agressor, Jorge José da Rocha Guaranho, 38 anos, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e por causar perigo comum) ao atirar contra Marcelo Arruda.
A declaração foi dada à repórter Isabela Camargo, da GloboNews, na noite de sexta-feira (15/7). Na entrevista, Cecconello afirma que uma das primeiras ações da polícia foi ir atrás do celular de Guaranho. Segundo ela, a extração do conteúdo de telefone porque pode haver algum comentário do suspeito sobre o caso.
“Então, a análise do celular é muito importante sim e pode trazer algum elemento novo na investigação”, disse a delegada. “Mas como temos um prazo a cumprir, sob pena de que o não cumprimento do prazo pode acarretar a soltura do réu, nós temos que relatar o inquérito com os elementos que nós temos e, claro, aguardar”, continuou.
A data limite para a entrega do inquérito estava marcada para terça-feira (19/7). Durante a coletiva que divulgou o indiciamento de Guaranho, a Polícia Civil do Paraná concluiu que o caso não poderia ser enquadrado, juridicamente, como crime de motivação política.
Segundo Cecconello, “não há provas de que foi um crime de ódio pelo fato de a vítima ser petista”. A briga teria começado por questões políticas, mas, para a polícia, a escalada da violência virou um assunto pessoal. O assassino teria decidido voltar à festa por ter se sentido humilhado pela vítima.
Marcelo Arruda foi morto durante a festa de aniversário de 50 anos no último sábado (9/7).
Confira a cronologia do caso:
Uma pessoa, em um churrasco, acessou imagens de circuito interno de segurando de onde ocorria festa. Jorge José estava no evento e perguntou onde era realizada a comemoração, mas não fez comentários. Ele, segundo a polícia, ingeriu bebida alcoólica.
Segundo os depoimentos, ele chegou ao local da festa de Marcelo ouvindo uma música ligada à campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Houve uma discussão entre eles. Marcelo jogou terra e pedras no carro de Jorge José, que foi embora, mas retornou ao local.
É solicitado ao porteiro que ele impeça a entrada do policial penal, mas Guaranho abriu o portão sozinho. Avisado de que Guaranho havia voltado, Marcelo, que era guarda municipal, carrega a arma e coloca na cintura.
Os dois começam a discutir e a mulher de Marcelo tenta intervir. O petista e o policial penal ordenam um ao outro para abaixar a arma.
Jorge José da Rocha Guaranho atirou primeiro contra Marcelo, invadiu a festa e fez mais disparos. Ao todo foram quatro disparos, sendo que dois atingiram a vítima. Marcelo reagiu com 10 tiros. Quatro acertaram Jorge José.
Veja as cenas:
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