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'Não há como não ter fase vermelha', diz governo após protestos contra endurecimento da quarentena

Segundo Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico, de São Paulo, gestão estadual descarta negociar mudanças ou flexibilizações. Grupo de caminhoneiros bloqueou Marginal Tietê nesta sexta (5) em protesto contra as medidas restritivas que entram em vigor a partir deste sábado em todo o estado.


Por G1 - SP

A secretária estadual de Desenvolvimento Econômico do estado de São Paulo, Patrícia Ellen, disse nesta sexta-feira (5) que o governo não irá negociar flexibilizações ou mudanças nas medidas de endurecimento da quarentena no estado.

“Não há hipótese de não ter fase vermelha. (...) Nós tivemos o maior aumento de internações em leitos de UTI Covid desde o início da pandemia e não é somente de idosos, é de jovens, de adultos. Todos estão adoecendo e nós não teremos leitos para a população se nós não fizermos a nossa parte”, afirmou a secretária em entrevista ao Bom Dia São Paulo. A declaração foi data após um grupo de caminheiros bloquear a Marginal Tietê em protesto contra a decisão da gestão estadual de colocar todo o estado na fase vermelha, a mais restritiva, do plano de flexibilização econômica, a partir da 0h deste sábado (6). A secretária ressaltou que tem conversado com os setores, mas que não há como flexibilizar a fase vermelha do Plano São Paulo nas próximas duas semanas. "Não é uma discussão de flexibilização neste momento. Estamos em uma operação de guerra, uma guerra pela vida. A discussão é: só podemos operar com o mínimo necessário para manter as cidades funcionando", disse. Ela defendeu ainda que as manifestações deveriam ser para pedir mais vacinas. "Se, neste momento, queremos nos manifestar, devemos nos unir e cobrar mais vacinas." Trânsito completamente parado por conta de protesto na Marginal Tietê em SP — Foto: Reprodução/TV Globo Transtornos A manifestação começou por volta das 5h30 na Rodovia Castello Branco. Logo depois, o congestionamento já refletia pelas marginais Tietê, Pinheiros e na rodovia Castello Branco. Por conta do protesto, a Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio municipal de veículos nesta sexta. Às 9h, a lentidão chegava até a praça de pedágio de Alphaville, em Barueri. Na via local da marginal, alguns motoristas de carros particulares e motociclistas eram liberados pelos manifestantes e conseguiam passar. Passageiros de ônibus desceram com malas e tentavam arrumar outro meio de transporte para sair dos bloqueios — Foto: Reprodução/TV Globo Diversos passageiros de ônibus chegaram a descer com as malas em busca de alternativas de transporte para conseguir deixar o local. Por conta dos bloqueios, um senhor em tratamento contra um câncer perdeu a sessão de quimioterapia que faria na cidade de Guarulhos, na Grande SP. Idoso perde sessão de quimioterapia por conta de bloqueio na Marginal Tietê — Foto: Reprodução/TV Globo Veja abaixo o que pode funcionar na fase vermelha:

  • Escolas e universidades

  • Hospitais, clínicas, farmácias, dentistas e estabelecimentos de saúde animal (veterinários)

  • Supermercados, hipermercados, açougues e padarias, lojas de suplemento, feiras livres

  • Delivery e drive-thru para bares, lanchonetes e restaurantes: permitido serviços de entrega

  • Cadeia de abastecimento e logística, produção agropecuária e agroindústria, transportadoras, armazéns, postos de combustíveis e lojas de materiais de construção

  • Empresas de locação de veículos, oficinas de veículos, transporte público coletivo, táxis, aplicativos de transporte, serviços de entrega e estacionamentos

  • Serviços de segurança pública e privada

  • Construção civil e indústria

  • Meios de comunicação, empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens

  • Outros serviços: igrejas e estabelecimentos religiosos, lavanderias, serviços de limpeza, hotéis, manutenção e zeladoria, serviços bancários (incluindo lotéricas), serviços de call center, assistência técnica e bancas de jornais.



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