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Neurocirurgião é suspeito de estuprar pacientes desacordadas em hospital

João Luís Cabral chegou a ser preso no dia 26 de setembro, mas foi solto em audiência de custódia

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O neurocirurgião João Luís Cabral Júnior teve seu registro profissional suspenso pelo Conselho Regional de Medicina do Estado São Paulo (Cremesp) após ser suspeito de estuprar pacientes desacordadas e armazenar e consumir conteúdos de pornografia infantil. "O Conselho ressalta, também, que está investigando o caso em questão. A apuração corre sob sigilo determinado por Lei. Qualquer manifestação adicional por parte do Cremesp poderá resultar na nulidade do processo", diz a nota.


Ele chegou a ser preso no dia 26 de setembro, em Santos, mas foi solto em audiência de custódia e está respondendo ao processo em liberdade. O caso está sendo investigado sob sigilo pela Delegacia Seccional de Taboão da Serra (SP).

Segundo informações do Terra, a Polícia Civil se deslocou até a residência do João Luís para cumprir um mandado de busca e apreensão em um inquérito que apurava a suspeita de armazenamento de material com pornografia infantil.

No imóvel, foram apreendidos aparelhos eletrônicos como notebooks, computador, HD externo e também o aparelho celular do neurocirurgião. Ao ser questionado, ele negou qualquer prática criminosa e se apresentou como um conceituado médico em sua área, que tem escritório próprio, e coordenador clínico de um hospital de Santos.

Segundo a Polícia Civil, os aparelhos eletrônicos armazenavam arquivos de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade sexual. Além disso, a equipe encontrou vídeos que teriam sido filmados pelo próprio neurocirurgião e mostravam pacientes. Segundo o boletim de ocorrência, o profissional teria filmado por baixo da mesa uma paciente que usava saia durante uma consulta médica no seu consultório.

Cabral também teria fotografado as partes íntimas de uma paciente, que estava em uma maca para procedimento cirúrgico, e ‘’visivelmente sedada". Também foram encontradas imagens de uma jovem deitada com camisola e calcinha enquanto dormia em um quarto do hospital.

Em outros arquivos armazenados, a polícia encontrou um vídeo que mostra uma paciente, aparentemente sedada e deitada, enquanto Cabral retirava a coberta dela, afastava a roupa íntima e introduzia os dedos nas partes íntimas da vítima.

O neurocirurgião poderá responder pela prática do crime previsto no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente; e pelo crime de estupro de vulnerável.

O advogado de João Luís Cabral Júnior, Eugênio Malavasi, afirmou que o médico "nega todas as imputações e provará o alegado no momento processual oportuno".




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