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Médicos salvam a vida de bebê com coração impresso em 3D no Rio

A cirurgia foi em fevereiro e o bebê teve alta em março, mas o sucesso do procedimento só foi divulgado agora.

O coração impresso em 3D tinha todos os detalhes para que a cirurgia fosse um sucesso. - Foto: arquivo pessoal


Foi com uma réplica de coração, impressa em 3D, que médicos do Complexo Hospitalar de Niterói, no Rio de Janeiro, salvaram a vida de um recém-nascido diagnosticado com cardiopatia grave.

O pequeno Ryann nasceu com um estreitamento de uma das principais artérias do sistema circulatório, o que dificultava o bombeamento de sangue para o corpo, forçando o coração.

Como a cirurgia era bastante delicada e arriscada, os médicos optaram por imprimir uma réplica do coração do bebê e usá-lo para estudar a melhor forma de operá-lo. A cirurgia foi em fevereiro e o bebê teve alta em março, mas o sucesso do procedimento só foi divulgado agora.


Esse tipo de procedimento, inédito na rede privada de saúde do RJ, agora abre caminho para outras cirurgias delicadas.

Insuficiência cardíaca


Ryan foi diagnosticado com coarctação da aorta grave. Com o problema, ele sofreria com insuficiência cardíaca, dificuldade para respirar e má circulação e oxigenação do corpo, condições que poderiam levar o recém-nascido à morte.

Os médicos identificaram a solução para o caso de Ryann, que era fazer um enxerto na aorta, numa cirurgia de altíssima precisão.

Com exames de imagem do coração, a equipe tinha todos os detalhes em 3D do órgão na tela, mas precisaria ter algo a mais em mãos para as chances de sucesso serem maiores.

“Nesse caso específico, a peça contribui muito para que possamos ter a visão anatômica em tamanho real do coração pediátrico para o planejamento correto da cirurgia proposta”, explicou a cardiopediatra e gerente médica do Serviço de Cardiologia Pediátrica do CHN, Aurea Grippa.

A cirurgia do dia 22 de fevereiro foi considerada bem-sucedida. O bebê passou 14 dias internado na UTI neonatal e teve alta no dia 4 de março.

Segundo os médicos, Ryann poderá levar uma vida normal, sem nenhuma sequela.

Um salve para a nossa medicina!



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