Simone Garcia França diz que está à base de remédio para poder dormir
CANAL NBS “Eu só quero que a justiça seja feita”, diz Simone Garcia França, mãe de Yago Henrique França, de 29 anos, que foi morto por uma amiga. A mãe diz que está à base de remédios para dormir diante do sofrimento que tem passado nos últimos dias.
Na última esta sexta-feira (17/03) a Polícia divulgou que a mandante do crime contra o jovem Yago foi Lunna Black. Ambos faziam show de drag queen juntos e ela teria uma dívida de aproximadamente R$ 50 mil com o Yago e arquitetou um plano para tirar a vida da vítima que teve o corpo parcialmente carbonizado.
“Meu filho era uma pessoa maravilhosa, e essa pessoa que se dizia amiga dele fez isso com ele. Ele era uma pessoa maravilhosa, ele ajudava muitas pessoas. Ele era uma pessoa muito abençoada. Você não tem noção do legado que ele deixou. Eu só quero que seja feita justiça , somente isso”, disse à mãe ao ABCD Jornal.
Simone disse que ela e o marido estão sofrendo muito. “Estou tentando aliviar o meu coração, pois a dor é insuportável. Não há remédio nenhum no mundo que passe essa dor. O que fizeram com o meu filho foi uma crueldade. Meu filho era uma pessoa do bem. Ele só queria ajudar as pessoas. Realmente não está fácil. Pra você ter uma ideia, eu estou tomando remédio pra dormir. Então, por favor, eu só quero que seja feita justiça”, disse a mãe do jovem.
Investigação
Uma Operação da Polícia Civil resultou na prisão na sexta-feira de três pessoas, acusadas de envolvimento na morte de Yago. A ação aconteceu no início da manhã, na região do Capão Redondo, zona sul da capital paulista.
O jovem Yago desapareceu no dia 27 de fevereiro após sair de casa. Seu corpo foi encontrado em 1º de março em uma região de cachoeira em Itapecerica da Serra, mas o reconhecimento do corpo só ocorreu em 7 de março quando uma amiga da família percorreu os IMLs e localizou o corpo do rapaz no Instituto Médico Legal de Taboão da Serra.
Após investigações realizadas pelo Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) de São Bernardo do Campo, os policiais solicitaram à Justiça pedidos de prisão temporária e busca e apreensão na casa dos suspeitos, que foram concedidos.
José Henrique Silva Santos, de 30 anos, a drag queen Lunna Black, estava em sua residência, no Jardim Ipiranga. No local, ainda foram apreendidos um aparelho celular, 14 cartões bancários e um cartão de memória. Já os outros dois acusados foram presos em um imóvel no bairro Conjunto Habitacional Instituto Adventista, onde foram apreendidos dois aparelhos celulares, um facão, duas adagas e uma faca.
A prisão foi registrada no Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) de São Bernardo do Campo.
Crime
A Polícia Civil revelou que a mandante do crime contra o jovem Yago Henrique França foi uma amiga dele conhecida como Lunna Black. Ambos faziam show de drag queen juntos e ela teria uma dívida de aproximadamente R$ 50 mil com o Yago.
De acordo com o delegado do caso, Cristiano Sacrini, do DEIC de São Bernardo, e a delegada seccional, Kelly Andrade, Lunna teria se envolvido com um agiota e não queria pagar o dinheiro dos shows para Yago. Diante disso, a amiga drag foi se consultar com o pai de santo Lucas Santos de Souza o que deveria fazer nessa situação e o líder religioso teria recomendado tirar a vida de Yago.
Segundo a Polícia, após o crime, os comparsas arquitetaram um plano para dizer aos amigos e familiares da vítima que Yago morreu após ter marcado um encontro com um homem que teria conhecido em um aplicativo de relacionamento. Os criminosos chegaram a enviar prints de supostas conversas de Yago. Mas não foram escritas por ele. Tudo fez parte de um plano para não levantar suspeitas contra eles.
O pai de santo chegou a enviar uma mensagem para os amigos de Yago da ONG ABCD´S dizendo que se colocava à disposição para ajudar no que fosse preciso, inclusive em questões relacionadas ao enterro da vítima. Além de Lunna, estavam o pai de santo Lucas e o seu marido, Robson Pereira Felipe, todos presos.
De acordo com a Polícia, Lunna atraiu Yago dizendo que o líder religioso queria falar com ele. Quando Yago chegou em um imóvel no Capão Redondo, ele foi dopado e depois de 5 horas no local foi carregado para um veículo estacionado na rua e foi levado por um homem que é o quarto envolvido no homicídio e que está sendo procurado pela Polícia. Ele foi contratado para tirar a vida do jovem por R$ 10 mil. POR ABCD JORNAL
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