Segundo o ex-juiz, presidente não tentou reverter a decisão do STF por achar que era um benefício para ele
CANAL NBS - POR O DIA
Brasília - A soltura de Lula (PT) em novembro de 2019, após 580 dias de prisão, foi motivo de comemoração por parte do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), conforme revelou o ex-juiz Sergio Moro (Podemos). Segundo ele, Bolsonaro "não fez nada" para reverter a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) quando a prisão em segunda instância foi revogada.
"Na verdade, o que a gente sabia é que o Planalto, o presidente comemorou quando o Lula foi solto em 2019 porque ele entendia que aquilo beneficiava ele literalmente. Então, ele não trabalhou para manter a execução em segunda instância", afirmou o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro em entrevista à Rádio Jovem Pan.
Moro permaneceu no governo Bolsonaro até abril de 2020, cerca de 5 meses após a revogação da prisão do petista. O ex-juiz da Lava Jato decidiu deixar o Planalto após alegar que Bolsonaro interferiu na Polícia Federal. Depois de decidir se lançar como pré-candidato à presidência, Moro intensificou as revelações a respeito de condutas do Planalto.
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