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Ministro da Defesa diz respeitar carta pela democracia em meio a ameaças de Bolsonaro

O documento citado por Nogueira diz que "os povos da América têm direito à democracia e seus governos têm a obrigação de promovê-la e defendê-la".

CANAL NBS O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, afirmou nesta terça-feira (26) que respeita a Carta Democrática Interamericana e seus princípios.


O documento citado por Nogueira diz que "os povos da América têm direito à democracia e seus governos têm a obrigação de promovê-la e defendê-la".


A declaração foi feita em discurso de abertura da XV Conferência de Ministros de Defesa das Américas, em Brasília, no momento em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) mantém seguidos ataques ao Judiciário, aponta mentiras em série sobre o sistema eleitoral e faz ameaças golpistas.


O Brasil preside o evento interamericano. "Da parte do Brasil, manifesto respeito à carta da Organização dos Estados Americano, OEA, e a Carta Democrática Interamericana e seus valores, princípios e mecanismos."


No evento, o ministro da Defesa ainda disse que apoia as diretrizes da conferência, com foco na "cooperação e integração entre os Estados membros" e na defesa da "soberania de cada Estado e ordenamento jurídico de cada país".


A conferência ocorre nesta semana após quatro anos sem o evento de forma presencial. Na quinta-feira (28), representantes dos 34 países que participam do evento vão assinar a Declaração de Brasília, uma espécie de manifesto dos ministros de Defesa.


O documento tratará sobre ciberdefesa, fortalecimento da participação de mulheres nas Forças Armadas e o papel da Defesa frente a fluxos migratórios.


O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, participa do encontro. Em discurso, ele defendeu que as Forças Armadas dos países da América devem estar sob "firme controle civil".


"Uma dissuasão confiável exige forças militares e de segurança que estejam prontas, capazes e sob firme controle civil. E exige que os Ministérios de Defesa atendam seus cidadãos de forma transparente e sem corrupção."


"Nossos países não estão apenas unidos pela geografia. Também nos aproximamos por nossos interesses e valores comuns –o profundo respeito pelos direitos humanos, o compromisso com o Estado de Direito e a devoção à democracia", completou. POR FOLHAPRESS


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