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Mais aumentos: remédios devem subir 10% e planos de saúde, 15%

Cálculos são do Citi e do BTG Pactual. No caso dos convênios médicos, a previsão se refere a contratos individuais e familiares, que têm o percentual de correção anual fixado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar

CANAL NBS -


Um exemplo para quem tem síndrome de Turner, precisa fazer tratamento contínuo por conta da doença, de origem genética. Esta cada vez mais dificil de viver, para consegue arcar com os pesados custos de um plano de saúde. "Os planos têm se tornado cada vez mais caros, A não ser que tenha um emprego de carteira assinada que forneça um plano de saúde", pois só assim é póssivel realizar exames com mais rapidez, já que, muitas vezes, a dinâmica da rede pública é mais demorada.


Neste começo de ano, os bancos, tradicionalmente, começam a fazer as contas e sinalizam os aumentos na área da saúde que vem por aí: pelos cálculos do Citi, os medicamentos terão alta de 10%. Já os planos de saúde, pelas projeções do BTG Pactual, devem ficar 15% mais caros. Um impacto no bolso de todos os brasileiros.


O economista e professor de Especialização em Mercado Financeiro na Universidade de Brasília (UNB) César Augusto Bergo explica que os aumentos refletem a inflação e os custos dos insumos. "No caso do medicamento, tem o aspecto da importação dos insumos, que opera em relação ao dólar. Na hora de comprar, às vezes não se encontra o genérico, e não dá pra deixar de tomar. Mas existem remédios hoje que estão totalmente fora do orçamento das famílias", analisa.


Os ajustes que os brasileiros fazem para reduzir gastos também estão presentes quando se trata dos planos de saúde. Há quem opte por planos mais simples para não arcar com custos exorbitantes — e as operadoras de saúde fornecem opções. "Alguns planos usam artifícios de reduzir a cobertura, de hospitais, médicos, procedimentos para que não exista tanto aumento na mensalidade. Mas o consumidor precisa ficar atento, porque toda a cobertura à qual ele tem acesso, que assinou no contrato, não pode mudar no meio do período", alerta o economista.

O aumento nas parcelas dos planos de saúde vai além da questão monetária: impacta a qualidade do serviço. "Contratos de saúde com cobertura genérica implicam em aumento de custo para o consumidor, porque, na prática, a cobertura reduziu. Piora a qualidade do plano", avalia Bergo. Ele destaca que há muitas operadoras no mercado, e o plano precisa ser escolhido de acordo com a situação de cada pessoa, para que, no fim das contas, os custos com saúde não pesem tanto no orçamento e de fato atendam a realidade do consumidor.


O advogado especialista em contratos de plano de saúde Marco Mota diz que o aumento de 15% estimado para os convênios individuais pode dar um susto no primeiro momento, mas se mantêm na média dos últimos anos. "Se observarmos os anos anteriores à pandemia, de 2015 até 2019, constataremos que a média de reajuste anual foi de 11,60%. O reajuste estimado revela a volta aproximada aos percentuais anteriores, somados ao aumento de custos para tratamentos das demandas eletivas que estavam represadas", analisa.


Tradicionalmente, reajustes nos planos individuais também costumam puxar aumento nos convênios coletivos, que são a maioria dos contratos no Brasil. No entanto, Marco diz que é difícil estipular o quanto o aumento de 15% nos planos individuais pode influenciar em um reajuste nos coletivos: "Considerando que os reajustes nos planos coletivos sempre são acima dos individuais, já que não são regulados pela ANS, é difícil prever se esse percentual também ocorrerá nesses planos coletivos", afirma o advogado.


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