Macacos Encontrados Mortos em Ribeirão Preto Estavam Infectados com Febre Amarela
- CanalNBS
- 6 de jan.
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Secretaria de Saúde reforça vacinação preventiva em áreas próximas ao campus da USP e relembra surto de 2017 que fechou parques e mobilizou o país.

REDAÇÃO NBS
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo confirmou nesta segunda-feira (6) que os macacos encontrados mortos em uma área de mata do campus da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto (SP), estavam infectados pelo vírus da febre amarela. O caso foi registrado entre o Natal e o Ano Novo, com a confirmação feita pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL) após análise de amostras coletadas de quatro primatas.
Como medida preventiva, foi iniciada uma vacinação de bloqueio destinada aos moradores do campus e das proximidades, em um raio de 300 metros, que ainda não receberam a imunização contra a doença. Para isso, a Secretaria remanejou 20 mil doses do imunizante para a Vigilância Epidemiológica de Ribeirão Preto.
O secretário de Saúde do município, Maurício Godinho, destacou que toda a população não vacinada poderá se imunizar, com prioridade para crianças e pessoas que residem próximas a áreas de mata.

Relembre o surto de 2017
O episódio reacende a memória da crise de febre amarela enfrentada no Brasil em 2017, quando diversos parques e reservas naturais precisaram ser fechados, incluindo áreas em estados como São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Na época, o aumento expressivo de casos em humanos e a mortalidade de macacos mobilizaram campanhas emergenciais de vacinação em todo o país.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2016 e 2018, o Brasil registrou mais de 2 mil casos confirmados da doença, resultando em 750 mortes. A situação destacou a importância de manter altas coberturas vacinais e monitoramento contínuo em áreas de risco.
Esclarecimento: macacos são aliados na identificação
A Secretaria de Saúde reforça que os macacos não transmitem a febre amarela. O vírus é propagado por mosquitos, como Haemagogus e Sabethes, no ciclo silvestre, e Aedes aegypti, no ciclo urbano. A morte de primatas é um alerta importante para a circulação do vírus, permitindo ações preventivas rápidas, como campanhas de vacinação.

Sobre a febre amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, cuja gravidade pode variar de moderada a fatal. Seus sintomas iniciais incluem febre súbita, dores no corpo, náuseas e fraqueza. Em formas graves, pode causar insuficiência hepática e renal, além de hemorragias.
A vacina contra a febre amarela é altamente eficaz e uma única dose protege por toda a vida. O Ministério da Saúde recomenda a imunização para quem vive em áreas de risco ou planeja viagens para locais onde a circulação do vírus é registrada.
Medidas de precaução
Embora o risco imediato para a população urbana seja baixo, devido à erradicação do ciclo urbano no Brasil desde a década de 1940, moradores de áreas próximas a matas e florestas devem redobrar a atenção, principalmente aqueles que ainda não se vacinaram. A vacinação é a principal forma de prevenção, aliada ao uso de repelentes e roupas que cubram o corpo em regiões com presença de mosquitos.
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