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Idoso é preso por abuso de crianças que a esposa cuidava em Bady Bassitt

Casa funcionava como "creche improvisada"

CANAL NBS

Um aposentado de 65 anos foi preso preventivamente após ser denunciado pelo Ministério Público por abuso sexual de três crianças, uma delas com deficiência intelectual. Os crimes teriam acontecido no período de novembro de 2020 a setembro de 2022 no município de Bady Bassitt.


Segundo informações do processo, a esposa do idoso trabalhava como cuidadora de crianças, recebendo os menores na sua própria residência, o que teria possibilitado que ele permanecesse sozinho com as crianças em diferentes oportunidades. As investigações apontam que, no intervalo de três anos, o homem teria praticado atos libidinosos contra três meninas com idades entre 5 e 8 anos.

O caso foi denunciado à Polícia Civil da cidade em setembro do ano passado, quando uma das mães desconfiou da mudança de comportamento da filha. Durante uma conversa acolhedora, ela disse que a criança acabou relatando que o “tio”, como se referia ao marido da cuidadora, estava passando a mão nas partes íntimas dela.


Ao tomar conhecimento da investigação, outras duas mães revelaram em depoimento que as filhas também poderiam ter sido vítimas de abuso sexual nas mesmas circunstâncias.

Uma delas foi alertada pelo filho mais velho, que também ficava na casa, sobre o comportamento suspeito do morador. A criança relatou que o homem beijava as meninas no pescoço. Ao questionar a filha, a vítima revelou que o idoso colocava a mão dela no órgão genital dele.


O terceiro caso foi descoberto após a mãe assistir a uma reportagem sobre abuso sexual infantil. Ela lembrou que a filha chorava durante o sono e confirmou os abusos com auxílio de uma psicóloga.


Duas das três mulheres precisaram do serviço da cuidadora durante o período da pandemia, em que as escolas públicas e particulares fecharam, ao passo que muitas atividades continuaram funcionando. Sem ter com quem deixar os filhos, as mães optaram por levá-los à creche improvisada.


Ouvida formalmente, a cuidadora afirmou que nunca percebeu qualquer comportamento suspeito do marido, com quem é casada há 26 anos. E que, se tivesse notado, não teria admitido que ele permanecesse na casa. Já o idoso negou o crime.

Ele foi denunciado pelo Ministério Público após as vítimas serem ouvidas em escuta especializada. Partiu do MP o pedido de prisão preventiva do acusado.

A defesa do idoso argumentou ser desnecessária a medida, já que ele se comprometia a comparecer a todos os atos do processo e se mudou para Rio Preto para evitar qualquer contato com as pessoas envolvidas no caso.



“Sem olvidar o princípio da presunção de inocência, a prática de vários abusos, contra vítimas diferentes e em um intervalo de dois anos, denota comportamento sexual predatório contra crianças”, escreveu a juíza Gláucia Véspoli Oliveira, da 5ª Vara Criminal de Rio Preto. A prisão preventiva foi decretada para garantia da ordem pública, evitando-se a reiteração delitiva.


Titular da Delegacia de Defesa da Mulher em Rio Preto, a delegada Dálice Ceron diz que é preciso tomar alguns cuidados ao contratar cuidadoras. “É importante saber quem frequenta a casa e se há homens que permanecem no ambiente. O abusador não tem um perfil específico e muitas vezes estabelece relação de afeto com as crianças. Por serem ingênuas, elas não sabem diferenciar carinho de abuso. A opção mais segura será sempre a escola”, orienta.

Por : Diario da Região


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