Havia mais de 30 anos que os dois não se viam. Reunião aconteceu em Bertioga, São Paulo
CANAL NBS - POR G1
Após 30 anos de busca, Everaldo Germano do Nascimento, de 51 anos, encontrou o pai, que não via desde que seus 14 anos, no último sábado (15/5) O idoso de 73 anos foi localizado depois do filho de Everaldo envelhecer uma foto antiga dele em um aplicativo. As informações são do G1.
O encontro aconteceu em Bertioga, no litoral de São Paulo, mas a última vez que viu o pai foi na Paraíba. Na época, o pai de Everaldo, Geraldo Serafim do Nascimento, foi morar em Guarujá e sua mãe decidiu ir para o Rio de Janeiro. Assim, o menino acabou morando com a avó. Geraldo chegou a visitá-lo algumas vezes, mas não retornou desde que ele completou 14 anos.
Aos 24 anos, Everaldo decidiu iniciar a busca pelo pai, mas costumava ser desestimulado por pessoas próximas, que acreditavam que Geraldo havia morrido. Foi sua esposa, Eliana Almeida Nascimento, quem insistiu para que ele continuasse procurando e teve a ideia de publicar uma foto nas redes sociais.
O filho de Everaldo, então, envelheceu uma foto em que o avô tinha 20 anos para simular como ele estaria hoje. A imagem rodou a internet e chegou a pessoas que moravam na região. “Em pouco tempo, tinha muitas visualizações e muitas pessoas falaram que o conheciam por apelidos, que ele era bem conhecido”, disse Eliana ao G1.
Encontro
Alguns dias depois, a família foi até o rancho onde o idoso mora e puderam conhecê-lo. Everaldo confirmou que se tratava de seu pai após Geraldo falar nomes de parentes e acontecimento antigos.
“O que me marcou foi o abraço que ele deu. Quando perguntei se ele tinha irmão, ele disse o nome, e quando perguntei o nome dos filhos, ele falou de todos nós. O rapaz [que acompanhava o idoso] falou que eu era o filho mais velho, ele largou tudo que estava na mão e me abraçou. Nunca tive um abraço igual a esse, um abraço de um pai que sentiu a ausência do filho por anos.”
Após o reencontro, Everaldo levou o pai para cortar os cabelos e almoçar. Ele afirma que pretendeu dar uma melhor condição de vida para o parente e até levá-lo para passar um período na casa deles.
“Não vamos ficar vivendo de passado, vamos viver daqui pra frente, tirar o atraso daquilo que a gente não pode ter, de convivência, de abraço”, afirma Everaldo.
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