Grito dos Excluídos realizado no ABC no ano passado resultou na criação do fórum.
CANAL NBS O Fórum Popular de Enfrentamento das Desigualdade Sociais do ABCDMRR vai realizar no dia 25/04 o debate “O Futuro do Trabalho e os Desafios dos Trabalhadores e Trabalhadoras”. O objetivo do encontro é trazer reflexões sobre o desemprego e a situação de vulnerabilidade social que a falta do trabalho e renda trazem. O Fórum nasceu da análise do Grito dos Excluídos, que ocorreu na região no ano passado, e busca articulação regional para a solução de diversos problemas sociais. A entidade quer criar, nos moldes do que já é feito na Capital, o Mapa da Desigualdade, específico para o ABC
O evento, que será realizado no Sindicato dos Bancários do ABC (rua Xavier de Toledo, 268 – Centro de Santo André), vai trazer como palestrantes a médica e pesquisadora da Fundacentro, membro do Instituto Walter Leser da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo e do Núcleo Semente (Saúde Mental e Direitos Humanos Relacionados ao Trabalho), Maria Maeno, e o pesquisador do CESIT (Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho) e professor da Unicamp, Dari Krein.
Segundo a integrante do Fórum, Elena Rezende, o Grito dos Excluídos, que pela primeira vez foi realizado no ABC, em no dia 7 de setembro, trouxe à tona uma série de “gritos”, ou seja, demandas sociais tais como desemprego, educação, saúde, racismo, direitos humanos, direito à moradia, transporte, violência contra as mulheres, população em situação de rua e gestão democrática. “O Grito é sempre realizado em setembro, justamente para questionar: ‘200 anos de (in)dependência para quem?’ e também chamar a atenção para as desigualdades sociais”, explica.
O Grito dos Excluídos começou há 28 anos na cidade de Aparecida, no interior do Estado, e tem grande participação das pastorais católicas, porém não é um movimento católico, é ecumênico. Logo nas suas primeiras edições o grito passou a ser descentralizado acontecendo em várias regiões. A realização da primeira edição no ABC, foi uma conquista dos movimentos populares organizados e das demandas regionais, segundo explica Elena. “Queremos levar para o Consórcio Intermunicipal e as prefeituras essas questões. Essa questão do trabalho que vamos debater dia 25, por exemplo, temos que ver o que as prefeituras estão fazendo contra o desemprego. Entendemos que o trabalho é um aspecto fundamental para a sobrevivência”, diz a integrante do Fórum Popular de Enfrentamento às Desigualdades do ABCDMRR.
A falta de dados estatísticos oficiais e de forma georreferenciada é um dos objetivos do Fórum. “Queremos criar um observatório das desigualdades sociais e à partir dele fazer como já acontece em São Paulo, montar o Mapa das Desigualdades. Com esses dados vamos poder tratar os problemas, saber qual é a população afetada, em que região está; o georreferenciamento é muito importante”, completa.
O dia 25 para o debate foi escolhido porque a data fica próxima ao 1° de Março (Dia Internacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras) e do dia 28 de Abril (Dia Mundial em Homenagem às Vítimas de Acidentes do Trabalho). O evento acontece das, das 19h30 às 21h30 e não terá transmissão ao vivo, porém será gravado e poderá ser visto nas redes sociais do Fórum. Além das palestras está prevista uma ação cultural com recital de poesias dentro do tema e ainda uma feirinha de economia solidária. POR REPORTER DIARIO
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