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Ex diz que jogador esquartejado levou tiro de homem ao invadir quarto dela, afirma polícia

Partes do corpo de Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, 19, foram achadas em um rio


CANAL NBS Rubia Joice de Oliver Luvisetto, 19, ex-namorada do jogador de futebol morto e esquartejado em Mato Grosso do Sul, presa na segunda-feira (3), afirmou que a vítima foi morta após ter invadido a casa dela na madrugada e ter levado tiro de um homem que a acompanhava, segundo a Polícia Civil de Sete Quedas (a 468 km de Campo Grande).


Partes do corpo de Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, 19, foram achadas em um rio.


Segundo o advogado Felipe Cazuo, que representa a jovem, ela disse que o jogador foi morto a tiros após uma invasão ao quarto dela na madrugada do dia 25 de junho.


Ainda segundo o defensor, a jovem afirmou que não tem envolvimento direto com o crime e que, após o homicídio, foi ameaçada por Danilo Alves Vieira da Silva, 19, para que ficasse calada. A polícia não informou se Silva é considerado foragido.


O atleta havia desaparecido na madrugada do do dia 25. Partes do corpo foram encontradas no domingo seguinte, 2 de julho, no rio Iguatemi. O reconhecimento preliminar foi possível por causa de uma tatuagem no antebraço direito.


Segundo o boletim de ocorrência, Rubia disse que foi a uma festa em Pindoty Porá, cidade paraguaia na região de fronteira, e ficou na mesma mesa em que Silva. Segundo ela, os dois namoraram de 2019 a 2020, mas depois se tornaram amigos e mantinham relações sexuais esporádicas.


Na mesma festa estava o jogador de futebol, com quem ela namorou neste ano e com quem havia rompido. Ela disse não ter falado com a vítima no local.



Na saída da festa, ainda conforme relato dela à polícia, ela foi para a própria casa com Silva e outro homem, que no boletim foi identificado como Maninho. Ela disse ter acordado com o jogador na casa, acendendo a luz e dizendo que ela era vagabunda por estar com Silva.


Ela disse, então, ter empurrado o jogador até porta de casa para que fosse embora. Segundo seu relato, foi surpreendida com a chegada de Silva pelas costas dela, armado, que disparou um tiro contra Pedrosa.


A briga e os tiros acordaram Maninho, que foi até a sala. Em depoimento à polícia, Maninho disse que foi ameaçado por Silva a tirar o jogador do local.


Usando o carro dela, os dois colocaram o corpo na carroceria e foram até um sítio perto de estrada vicinal.


Lá, segundo Maninho relatou à Polícia Civil, Silva retirou o corpo do jogador sozinho e o empurrou para dentro do rio Iguatemi. Depois, Silva pegou mangueira e lavou a carroceira do carro antes de voltar para casa de Luvisetto.


O boletim de ocorrência não traz detalhes sobre o esquartejamento e a polícia também não esclareceu o momento em que ele teria ocorrido. No depoimento de Maninho, consta que ele tenha demonstrado surpresa ao saber do esquartejamento, pois afirmou que, quando saíram do sítio, o corpo apenas tinha sido empurrado nas águas.


Rubia afirmou que lavou a entrada da casa e aguardou a chegada dos dois. Depois, disse ter sido obrigada a levar Silva para casa, deixando o amigo no sofá da sala.


No dia seguinte, disse ter recebido visita de Silva e novamente ter sido ameaçada. Nos dias que se seguiram, ficaram sabendo da investigação que apurava o desaparecimento de Pedrosa. A estudante já havia prestado um depoimento à polícia, dizendo que não sabia de nada. Segundo a versão dela, no dia 29, falou para a mãe que queria contar a verdade.


Procurada pela reportagem, Andressa Skulny, prima da vítima, não quis comentar a versão da garota e disse que a família aguarda comunicado oficial da Polícia Civil sobre as investigações.


A delegada Lucelia Constantino pediu a conversão em prisão preventiva da prisão em flagrante de Rubia, sob justificativa de que a versão de ameaça não se sustenta, já que teve várias oportunidades de tentar pedir ajuda.


O advogado Felipe Cazuo aguarda a realização da audiência de custódia para saber se o flagrante será convertido em prisão preventiva. Caso isso ocorra, entrará com com pedido de liberdade.


POR FOLHAPRESS


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