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Estudante de medicina que fez Enem para outros candidatos é preso pela PF

De acordo com as investigações, o estudante de medicina teria feito provas no lugar de pelo menos outras duas pessoas



REDAÇÃO NBS

A Polícia Federal (PF) prendeu, no início da tarde desta sexta-feira (29/3), um estudante de medicina que é suspeito de ter feito provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no lugar de pelo menos outros dois candidatos. A prisão faz parte da operação Passe Livre, deflagrada dia 16 de fevereiro deste ano, em Marabá (PA).

O estudante foi identificado como André Rodrigues Ataíde, de 23 anos, que cursa medicina na Universidade Estadual do Pará (Uepa). O Metrópoles entrou em contato com a defesa, mas não houve retorno até o momento.

Segundo a PF, o estudante foi encontrado na casa de parentes em Belém. Para evitar a prisão, ele teria sido levado de Marabá à capital do estado para se esconder em casa de familiares. Após os procedimentos legais na Superintendência da Polícia Federal no Pará, Ataíde foi encaminhado ao Sistema Penal.

A corporação esteve na casa do alvo na última quarta-feira (27), sendo informada que os parentes sabiam que a qualquer momento ele seria preso por conta do que foi encontrado no celular dele.

Falsidade ideológica

O estudante de medicina é alvo de mandado de prisão preventiva por falsidade ideológica e uso de documento falso, além de estelionato com causa de aumento de pena por ter sido praticado contra autarquia.

André é suspeito de ter sido aprovado duas vezes no Enem, para curso de medicina, se passando por outras duas pessoas. Ambas foram aprovadas pela Universidade Estadual do Pará (Uepa) em Marabá sem terem feito a prova.

A perícia da Polícia Federal constatou que as assinaturas nos cartões de resposta e as redações não foram produzidas pelos inscritos.

Durante a análise dos materiais apreendidos, também foram constatados diversos outros crimes, como falsificação de documentos de identidade e produção de cena de sexo explicito com adolescente. “Os crimes que não guardam conexão com crimes federais foram descobertos fortuitamente durante a análise de parte dos materiais apreendidos”, destacou a PF.

Por Metrópoles



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