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Equipe de Ciro vê campanha digital com otimismo e estratégia se firma

Ex-ministro tem imprimido marca pessoal própria na campanha pelas redes. Enquanto isso, Lula ainda patina para se firmar no ambiente virtual

CANAL NBS


Com presença digital marcante e busca por ações que promovam engajamento, o pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) tem tido êxito nessa estratégia e vem imprimindo uma marca pessoal nas redes. Sob orientação do ex-marqueteiro do PT João Santana, Ciro tem lançado uma série de programas com identidade visual própria.

O presidenciável tenta se solidificar como possível nome para unir a chamada terceira via. Em todas as pesquisas recentes de intenção de voto, ele aparece como terceiro colocado, à frente do ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) e da senadora Simone Tebet (MDB-MS), mas ainda pontua menos que 10%.

Entre os projetos, está o “Ciro Games”, uma live realizada às terças-feiras à noite; o “React do Cirão”, vídeos nos quais reage a falas de políticos e autoridades; e o mais recente: o “Waze do Cirão”, uma versão do aplicativo de trânsito Waze com a voz dele. Nesse último, os usuários podem ouvir Ciro dar instruções como: “Entre à direita, mas fora Bolsonaro” e “Vire à esquerda, mas não essa de goela”.

Procurada pela reportagem, a equipe de comunicação de Ciro explicou que a estratégia atual é: “Interagir de forma segmentada com vários setores da sociedade, com temas do interesses específicos e linguagem moderna e atraente. Oferecer produtos audiovisuais de qualidade e em quantidade constante. Explorar, ao máximo, as características próprias de cada rede social e, muito especial, a capacidade de expressão de Ciro”.

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A assessoria do ex-governador vê com otimismo os resultados da ação digital. “Somos, hoje, a pré-candidatura que mais cresce em termos proporcionais e absolutos nas redes sociais”, comemora.


“No YouTube, como tem sido assinalado por especialistas, já superamos a marca fabulosa de mais de 50 milhões de visualizações, superando, de longe, Lula e todos os outros candidatos, com exceção de Bolsonaro”, completa.

“Estamos atuando fortemente nas demais redes para tentar compensar a distância provocada pela presença histórica dos outros candidatos — que utilizam as redes há muito mais tempo — e outros fatores, como nível de conhecimento e intenção de votos, que repercutem fortemente na audiência. Estamos bem otimistas com os resultados”, continua.


Como revelado pelo colunista do Metrópoles Igor Gadelha, uma das principais estratégias do marqueteiro de Ciro é admitir que ele é “rebelde”, como o ex-governador costuma ser conhecido pelo seu jeito falastrão e espontâneo. Alguns vídeos já têm apresentado o pedetista como “rebelde com causa”.

Essa estratégia busca moderar a personalidade explosiva de Ciro, buscando equilíbrio e até mesmo certa dose de serenidade e descontração, explica a cientista política Noemi Araújo, coidealizadora da Representativa, consultoria de formação de lideranças.

“Agora ele é ‘o rebelde’, buscando fazer a conexão com o seu tema de campanha: a rebeldia da esperança. Assim como em 2018, houve um movimento muito grande encabeçado pela juventude nas redes sociais buscando virar o voto para Ciro, ele continua nessa estratégia, mas agora de forma mais ativa e ainda mais visual, a fim de se conectar e fidelizar o eleitorado mais jovem”, analisa Noemi.

A equipe de Ciro informou que a ação digital não está exclusivamente voltada para os jovens, ainda que eles façam parte de um grupo “especial de interesse”. “A linguagem, temas e formatos utilizados estão voltados para públicos bem diversificados e temos obtido excelentes respostas. Na verdade, nossa segmentação estratégica é mais por faixas socioeconômicas do que por franjas etárias”, explica.

Outra estratégia em que Ciro tem apostado é se colocar como alternativa viável ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que lideram todas as pesquisas eleitorais. Suas publicações têm sido relativamente equilibradas em atacar ora Lula, ora Bolsonaro.


Outro detalhe ressaltado pela analista é que Ciro tem tentado se posicionar de forma natural, usando moletom, casacão, fone de ouvido, diferentemente do agora ex-presidenciável Sergio Moro (União Brasil), por exemplo, que tentou jogar em um fliperama trajando terno.








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