Em Mirassol SP, chefe de gabinete da prefeitura de e seu pai são acusados de tentativa de sequestro
- CanalNBS
- 3 de jan.
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Vítima foi atacada em sua casa; criminoso teria dito que o crime foi encomendado

REDAÇÃO NBS
O chefe de gabinete da Prefeitura de Mirassol, no interior de São Paulo, Renato Schocci, e seu pai, Edson Luiz Schocci, conhecido como Branco, vereador eleito com posse marcada para esta quarta-feira (1º), estão sendo acusados de tentativa de sequestro, roubo e agressão contra o estudante Marcos Wandreson de Souza Batista, de 32 anos. Os supostos crimes ocorreram no último dia 22, mas o boletim de ocorrência só foi registrado nesta terça-feira (31). Renato nega envolvimento.
COMO FOI
Segundo relato de Marcos Batista, no dia 22, por volta das 20h, dois homens identificados como Roque e Zezinho invadiram sua casa no bairro Jardim São José, em Mirassol. Roque, armado, teria desferido coronhadas na cabeça da vítima enquanto afirmava que se tratava de um sequestro. Zezinho, por sua vez, roubou um celular e uma caixa de som durante a ação.
RESISTIU
Apesar da violência, Marcos Batista conseguiu resistir à tentativa de sequestro. Em meio à confusão, ele aproveitou um momento em que Roque tentava fazer uma ligação telefônica para reagir, segurando a arma do agressor e entrando em luta corporal. Durante a briga, Roque teria aplicado um “mata-leão” na tentativa de arrastar Marcos até o carro. A vítima resistiu novamente, forçando o criminoso a desistir da ação.
MANDANTES
No boletim de ocorrência (RZ6951-1/2024), Marcos Batista relatou que, durante o ataque, Roque afirmou que “quem pagou para fazer o serviço foi Renato Schocci e Branco Schocci”. Segundo a vítima, o agressor disse: “Você é uma pessoa de missão impossível, então vou parar por aqui, porque me pagaram para buscar e eu sempre vou e busco.”
NEGA
Procurado pela reportagem, Renato Schocci negou qualquer envolvimento com o caso. “A acusação não é sobre mim. As partes citadas no boletim de ocorrência, tanto vítima quanto acusado, não mencionam o meu nome diretamente. O suposto autor já declarou, por meio de áudios, que sequer me conhece, assim como eu não o conheço. Tomarei as medidas cabíveis contra todos que envolvem meu nome nessa mentira, inclusive quem publicar qualquer conteúdo falso”, afirmou Renato.
Apesar da negativa, o nome de Renato e de seu pai aparece no boletim como supostos mandantes, segundo o depoimento de Roque à vítima. Renato também tentou impedir a publicação da matéria, ameaçando com ações judiciais. “O boletim de ocorrência não trata de sequestro, mas de roubo, conforme consta no cabeçalho do documento. Qualquer matéria que extrapole essa tipificação penal será objeto de ação judicial”, alertou.
INVESTIGAÇÃO
A vítima e uma testemunha já foram ouvidas pela polícia e reafirmaram o teor do boletim de ocorrência, conforme informou a advogada de Marcos Batista, Josiene Fernanda Gulo. Ela também confirmou que seu cliente passou por exame de corpo de delito e reiterou a acusação de tentativa de sequestro.
O prefeito de Mirassol, Edson Ermenegildo, foi procurado pela reportagem, mas não respondeu às mensagens enviadas. Caso se manifeste, o texto será atualizado.
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