Até ontem foram 107 vidas perdidas para a Covid-19 no primeiro mês de 2021, contra 115 dos últimos três meses de 2020 somados,
Foto Reprodução : Por DGABC
Mauá acumulou apenas no mês de janeiro, que termina amanhã, número de mortes compatível com o anunciado pela Prefeitura em outubro, novembro e dezembro. Até ontem foram 107 vidas perdidas para a Covid-19 no primeiro mês de 2021, contra 115 dos últimos três meses de 2020 somados, sendo 51 óbitos em outubro, 33 em novembro e 31 em dezembro.
Na comparação entre janeiro e dezembro, o aumento foi de 235% ou seja, três vezes mais mortes no primeiro mês de 2021. A Prefeitura justifica o aumento como reflexo das festas de fim de ano, mas a mesma proporção não é vista em todo o Grande ABC, que acumulou 538 mortes em janeiro contra 459 de dezembro, acréscimo de 17,2%.
“O aumento no número de infectados e de óbitos já era esperado, pois havia o alerta de que a falta de isolamento social nas festas do fim do ano acarretariam nessa pressão nos serviços de saúde”, justificou a Prefeitura.
Em relação aos casos, o aumento de Mauá também foi desproporcional. Foram 2.009 novos contaminados em janeiro, contra 975 de dezembro, ou seja, o número mais que dobrou, com 106% de alta. Em todo o Grande ABC o dado se equivale. Foram 15.193 no último mês de dezembro e 15.231 no primeiro mês de 2021.
Uma das causas para o aumento de mortes em Mauá pode ter sido o colapso visto no Hospital Ramadés Nardini no dia 20 de janeiro, quando teve todos os 20 leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) ocupados. A Prefeitura recorreu ao governo do Estado e conseguiu R$ 1,4 milhão para a abertura de mais dez leitos no local. A administração do prefeito Marcelo Oliveira (PT), porém, nega que a ocupação máxima tem relação com o aumento de óbitos.
“O fato de o Hospital de Clínicas Dr Radamés Nardini ter alcançado 100% da lotação das UTIs não ocasionou nenhum impacto no número de óbitos, pois integra uma rede solidária em que municípios vizinhos ajudam, recebendo pacientes em estados mais graves”, informou a Prefeitura.
Apesar da justificativa, é o Nardini que é ponto de apoio a Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, servindo de equipamento de referência para os casos em que são necessários leitos de emergência.
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