top of page
Foto do escritorCanalNBS

Em cinco dias, ação prende 118 detentos que descumpriram saídas temporárias no Estado

Detenções são resultado de uma parceria entre a Secretaria da Segurança Pública e a justiça de São Paulo

CANAL NBS Em cinco dias, de 12 a 16 de setembro, 118 condenados que descumpriam as medidas impostas pelo judiciário durante a saídas temporárias no estado de São Paulo foram presos. As detenções são resultado de uma parceria entre a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e a justiça paulista. 

O acordo entre os órgãos permite que os policiais tenham acesso nos dispositivos móveis das viaturas aos processos dos réus que cumprem a pena fora das prisões durante o período determinado. Com isso, os agentes conseguem verificar durante a abordagem se as regras da saída temporária impostas pela justiça estão sendo cumpridas, como, por exemplo, se o condenado está fora de casa em horário não permitido.


“O número, por si só, já mostra a eficiência da projeto inédito. Vamos combater diretamente a reinciência criminal, retirando das ruas condenados que, por ventura, possam cometer novamente algum tipo de crime. A população terá mais segurança com essa medida, já que se sente extremamente vulnerável durante todas as saídas temporárias, sensação comprovada pelos índices criminais do período”, ressaltou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. 

 

Julho 


Na saída temporária de julho, quando a SSP determinou que todo detento que descumprisse tais regras fosse levado diretamente para a penitenciária pelas polícias, o número de furtos caiu de 14.972 para 11.920. Já os roubos caíram de 5.907 para 4.822, sempre comparados ao ano passado, sem a medida que prevê tolerância zero ao detento em saidinha.


Segundo a pasta, o resultado só foi possível graças ao aceite da Secretaria de Administração Penitência.


“Agora, com as informações sobre os detentos no tablet da viatura, a medida será ainda mais efetiva, pois rapidamente o policial irá identificar quem está sob o regime e tomar as atitudes cabíveis”, afirmou Derrite.


Antes, a comunicação entre a Polícia Militar e a justiça de São Paulo sobre a captura de infratores desrespeitando medidas cautelares não era feita de forma direta, o que impossibilitava um monitoramento eficaz. Ou seja, caso fosse abordado, só era possível verificar sua condição junto à Justiça na delegacia.


Com o novo acordo, porém, o processo de checagem ganhou mais agilidade. No caso de um preso durante saída temporária abordado fora de casa no horário determinado, por exemplo, ele é levado diretamente à penitenciária.


Tornozeleiras Eletrônicas


Outro projeto recente adotado pela SSP, é a iniciativa para coibir a reincidência criminal e a violência doméstica. A pasta, em uma parceria firmada no começo deste mês com o poder judiciário, agora monitora, por determinação judicial, acusados liberados após audiências de custódia no Fórum Criminal da Barra Funda.


Inicialmente, serão disponibilizadas pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), que também faz parte do acordo, 200 tornozeleiras. Até o momento, 9 presos receberam a tornozeleira eletrônica – cinco deles por violência doméstica.


Primeiro preso por descumprir medida protetiva


Nesta sexta-feira (15), o projeto das tornozeleiras eletrônicas possibilitou que uma vítima de violência doméstica fosse salva pelo monitoramento em tempo real da Polícia Militar. O agressor, de 53 anos, que já havia recebido determinação da Justiça para não se aproximar da ex-companheira, foi até a casa da mulher, de 69 anos, na última quarta-feira (13) e a agrediu física e verbalmente, ameaçando-a também de morte.


A Polícia Militar foi acionada e prendeu o autor em flagrante. No dia seguinte, na quinta-feira(14), o homem passou por audiência e a justiça condicionou a liberdade ao uso da tornozeleira eletrônica, determinando-o a não se aproximar novamente da casa da vítima.


O sistema de monitoramento, no entanto, apontou que o homem descumpriu a medida, se aproximando novamente da casa da vítima na noite do mesmo dia em que foi solto e ainda na sexta-feira pela manhã. A polícia comunicou o TJ, que determinou a prisão dele.


Ele foi levado ao 91ºDP, onde o delegado confirmou a prisão em flagrante por descumprimento de medida protetiva.


Até então, as vítimas tinham apenas a medida protetiva concedida pela Justiça que proibia o agressor de se aproximar delas. Mas a efetividade da medida não era mensurada, já que não havia o monitoramento. Com isso, a polícia percebeu um alto índice de reincidência e de vítimas que possuíam a protetiva, mas que voltavam a ser agredidas.


POR GAZETA S.PAULO


6 visualizações

Comments


bottom of page