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Dupla que escapou de presídio no RN responde a mais de 30 processos

Fuga, que ocorreu nessa quarta-feira (14), foi a primeira registrada no sistema penitenciário federal



Pela primeira vez no Brasil, uma prisão de segurança máxima do sistema penitenciário federal enfrentou uma fuga. Na quarta-feira (14), dois detentos conseguiram escapar da Penitenciária Federal de Mossoró, localizada na região Oeste do Rio Grande do Norte. Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos. Até o momento da última atualização deste relato, eles ainda não haviam sido capturados, permanecendo em fuga.


Os dois presos, originários do Acre, foram transferidos para a Penitenciária de Mossoró em 27 de setembro de 2023, após estarem envolvidos em uma rebelião na penitenciária de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco. Essa rebelião resultou na morte de cinco detentos, três dos quais foram decapitados. Ambos os homens têm vínculos com o Comando Vermelho, uma facção liderada por Fernandinho Beira-Mar, que também está detido na mesma unidade federal em Mossoró.


Fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento - Foto: Reprodução

Rogério da Silva Mendonça enfrenta mais de 50 processos, incluindo acusações de homicídio e roubo, e foi condenado a uma sentença total de 74 anos de prisão, conforme informações do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC). Deibson Cabral Nascimento está associado a mais de 30 processos e responde por crimes relacionados a organização criminosa, tráfico de drogas e roubo, com uma sentença acumulada de 81 anos de prisão.

Até o último comunicado do Ministério da Justiça, não foram divulgadas as circunstâncias precisas da fuga dos dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró. Não há detalhes sobre o método de fuga, se houve cumplicidade externa ou a quantidade de agentes penitenciários presentes no momento da ocorrência. É notável mencionar que a penitenciária está passando por um processo de reforma, levantando suspeitas por parte da Senappen de que as obras poderiam ter facilitado a fuga dos detentos.

Após a fuga dos presos, o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, ordenou uma série de medidas, incluindo uma revisão abrangente de todos os equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais do país.



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