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Diretor da Pfizer diz à CPI que Brasil recusou 6 ofertas de vacina

Primeira oferta foi em agosto, negou 1,5 milhão de doses em 2020, oferta aceita é pra 2º tri de 2021, tratativas desde de maio de 2020

Cana NBS - Por Poder 360


O governo brasileiro recebeu 6 propostas para comprar vacinas da Pfizer contra a covid-19 até fechar contrato com a farmacêutica. O relato foi feito à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado pelo ex-presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo.

Segundo ele, a 1º oferta do laboratório para o governo do Brasil, mais especificamente ao ministério da Saúde, foi feita em 14 de agosto de 2020. A proposta era de 2 contratos que somavam 100 milhões de doses, das quais 1 milhão já seria entregue em 2020.

“Nossa oferta de 26 de agosto era vinculante. Estávamos nesse processo com todos os governos. Teria validade de 15 dias. Passados esses 15 dias, o governo do Brasil não rejeitou, mas também não aceitou a oferta”, declarou Murillo.



Eis a linha do tempo das ofertas da Pfizer:

  • 14 de agosto: 100 milhões de doses

    • 1 milhão para 2020;

    • 3 milhões para o 1º trimestre de 2021;

    • 10 milhões para o 2º trimestre de 2021;

    • 47 milhões para o 3º trimestre de 2021;

    • 39 milhões para o 4º trimestre de 2021;


  • 18 de agosto: 100 milhões de doses

    • 3 milhões para 2020;

    • 3 milhões para o 1º trimestre de 2021;

    • 10 milhões para o 2º trimestre de 2021;

    • 47 milhões para o 3º trimestre de 2021;

    • 36 milhões para o 4º trimestre de 2021;


  • 26 de agosto: 100 milhões de doses

    • 3 milhões para 2020;

    • 5,5 milhões para o 1º trimestre de 2021;

    • 22 milhões para o 2º trimestre de 2021;

    • 36,5 milhões para 0 3º trimestre de 2021;

    • 33 milhões para o 4º trimestre de 2021;


  • 11 de novembro: 70 milhões de doses

    • 2 milhões para o 1º trimestre de 2021;

    • 6,5 milhões para o 2º trimestre de 2021;

    • 32 milhões para o 3º trimestre de 2021;

    • 29,5 milhões para o 4º trimestre de 2021;


  • 24 de novembro: 70 milhões de doses

    • Mesma oferta mas com mudanças em condições do contrato

    • 2 milhões para o 1º trimestre de 2021;

    • 6,5 milhões para o 2º trimestre de 2021;

    • 32 milhões para o 3º trimestre de 2021;

    • 29,5 milhões para o 4º trimestre de 2021;


  • 15 de fevereiro: 100 milhões de doses

    • 8,7 milhões para o 2º trimestre de 2021;

    • 32 milhões para o 3º trimestre de 2021;

    • 59 milhões para o 4º trimestre de 2021;


  • 8 de março: 100 milhões de doses (contrato aceito)

    • 14 milhões para o 2º trimestre de 2021;

    • 86 milhões para o 3º trimestre de 2021;


“Numa reunião de 6 de agosto o ministério manifestou possível interesse na nossa vacina e como consequência disso nós fornecemos no dia 14 de agosto nossa 1º oferta, que era uma oferta vinculante. Na realidade eram duas ofertas, e vou me explicar, porque eram exatamente a mesma oferta, as mesmas condições, mesmo preço, somente que uma era de 30 milhões de doses e a outra era de 70 milhões de doses”, disse o executivo.

Murillo não foi claro em relação à adesão a esses contratos, se o país poderia assinar ambos simultaneamente ou teria que escolher um ou outro.

O ex-presidente da empresa disse também que há mais um contrato em finalização com o governo brasileiro de 100 milhões de doses, sendo 30 milhões para o 3º trimestre de 2021 e 70 milhões para o 4º trimestre de 2021.





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