Desafios e Perspectivas nos Municípios da Região do ABCDMRR e seu cenário financeiro para 2025:
- CanalNBS
- 15 de dez. de 2024
- 3 min de leitura
LOAs aprovadas projetam R$ 20,1 bilhões em orçamento, mas incertezas e ajustes marcam os primeiros anos de novas gestões
REDAÇÃO NBS
Com suas respectivas Leis Orçamentárias Anuais (LOAs) de 2025 aprovadas, os municípios da região estimam um total de R$ 20,1 bilhões para o próximo ano. Essa cifra representa uma redução de 0,5% em relação ao orçamento de 2024. Apesar da queda, os debates em torno das LOAs revelaram desconfianças quanto à sua viabilidade, com destaque para dívidas acumuladas e a dependência de repasses estaduais e federais para investimentos e custeio.
Diadema: Gestão marcada por dívidas e projetos prioritários
Diadema foi a última cidade a aprovar seu orçamento, com uma estimativa de R$ 2,972 bilhões para o primeiro ano da gestão de Taka Yamauchi (MDB). Desse montante, cerca de R$ 15 milhões foram destinados a emendas parlamentares, ampliando a participação do Legislativo no cotidiano da cidade. No entanto, a viabilidade do orçamento é questionada devido à dívida bilionária do município, especialmente com a Previdência Municipal (Ipred), cuja renegociação de R$ 234,7 milhões foi criticada pelo novo gestor. Entre os desafios estão a conclusão do CEU Promissão e o futuro Hospital Municipal.
Mauá: Crescimento abaixo da inflação e críticas ao planejamento
O orçamento de Mauá para 2025 está estimado em R$ 1,917 bilhão, o que representa um crescimento abaixo da inflação. A proposta foi criticada por parlamentares que a consideraram “superestimada” e por priorizar gastos em Comunicação acima de programas sociais. Como única cidade da região governada pelo PT, espera-se que a gestão de Marcelo Oliveira (PT) tenha maior alinhamento com o governo federal, permitindo a execução de projetos como a futura policlínica aprovada no PAC.
Ribeirão Pires: Crescimento orçamentário e austeridade
Ribeirão Pires prevê um orçamento de R$ 579 milhões, um aumento de 9,5% em relação ao ano anterior. Apesar da melhora na arrecadação, a gestão de Guto Volpi (PL) seguirá adotando medidas de austeridade e controle de gastos, mantendo o compromisso de evitar aumento de impostos.
Rio Grande da Serra: Buscando recursos para um orçamento limitado
Com um orçamento estimado de R$ 192 milhões, Rio Grande da Serra enfrenta o desafio de executar projetos em meio a limitações financeiras. O prefeito eleito, Akira Auriani (PSB), tem priorizado diálogos com deputados, secretários estaduais e ministros em busca de recursos para viabilizar ações básicas no início de sua gestão.
Santo André: Corte significativo no orçamento
O orçamento de Santo André sofreu um corte de R$ 450 milhões, sendo aprovado em R$ 5,2 bilhões para o primeiro ano da gestão de Gilvan Júnior (PSDB). Enquanto a oposição criticou a redução em setores essenciais, governistas justificaram o ajuste como reflexo da economia nacional.
São Bernardo: Aprovação unânime em meio a queda de arrecadação
Em São Bernardo, a LOA foi aprovada por unanimidade, estimando R$ 6,7 bilhões para 2025. Sem considerar a inflação, o orçamento representa uma queda de 4,7% em relação ao ano anterior. O prefeito Marcelo Lima (Podemos) terá R$ 285 milhões a menos para projetos como os hospitais do Idoso e Infantil.
São Caetano: Debate restrito e foco nas prioridades do Executivo
São Caetano aprovou um orçamento de R$ 2,6 bilhões para o primeiro ano da gestão de Tite Campanella (PL). A oposição criticou a falta de recursos para Habitação e ações sociais, enquanto governistas destacaram que a peça orçamentária reflete as prioridades debatidas na base do prefeito anterior, José Auricchio Júnior (PSD).
Embora os orçamentos estejam definidos, os próximos anos demandarão ajustes e negociações para enfrentar dívidas, priorizar investimentos e garantir a execução dos projetos essenciais para a população.
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