Especialistas apontam que a maioria das agressões ocorre dentro de casa
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O disque 100 do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania recebeu mais de 47 mil denúncias de violência cometida contra pessoas idosas só entre janeiro e março de 2023. A diretora de Políticas para Pessoa Idosa da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) Renata Martins explica que os tipos de violência contra a população nessa faixa etária são variados: física, psicológica, institucional, financeira, patrimonial e, também, sexual. "As violências contra a pessoa idosa elas podem ser visíveis e invisíveis. Aquelas visíveis deixam lesões graves e, muitas vezes, levam a morte. As invisíveis são aquelas que ocorrem sem machucar aparentemente o corpo, mas que trazem sofrimento, desesperança e até depressão", disse.
A titular da Delegacia Especializada de Atendimento a Pessoa com Deficiência e ao Idoso da capital mineira, a delegada Naira Rajab Basu explica que boa parte dos crimes são cometidos por familiares.
"Isso dificulta o processo de denúncia. Os crimes praticados contra idoso ocorrem muito em ambiente familiar, nos lares. As pessoas detidas dão inúmeras justificativas como bebida alcoólica, drogas ilícitas ou falta, ou recurso para cuidar do idoso", explicou. O "Junho Violeta" é um mês dedicado ao combate à violência contra os idosos. Renata Martins, da PBH, esclarece a importância de se ter uma data especificamente voltada ao tema. "A campanha pretende alertar e conscientizar a sociedade sobre o grave problema da violência praticada contra o 60 anos ou mais", disse.
As denúncias de violência contra a pessoa idosa podem ser feitas pelo Disque 100 (Disque Direitos Humanos). O atendimento é realizado diariamente, 24 horas por dia, inclusive aos fins de semana.
Denúncias também podem ser feitas pelo aplicativo Proteja Brasil, para a Delegacia Online da Polícia Civil do seu estado e ligando para a Emergência Policial (190). (com informações de Ana Luiza Bongiovani) Itatiaia
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