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Cesta básica tem queda de 11% no Grande ABC; óleo de soja e cebola ajudam

Levantamento mostra que hoje consumidor paga R$ 1.022, contra R$ 1.148 em janeiro

CANAL NBS A cesta básica no Grande ABC ficou 11% mais barata neste ano. Os dados são da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), que mensalmente avalia o custo dos principais itens de consumo das famílias da região. Atualmente, a cesta básica, composta por 34 itens, custa R$ 1.022 – em janeiro, estava R$ 1.148.


A redução do valor foi puxada de janeiro a agosto pela queda de preços de alguns itens, como a cebola e o óleo de soja (ambos de 23%). Responsável pela pesquisa, o engenheiro agrônomo Fábio Vezzá aponta que a redução do preço do óleo de soja está relacionada diretamente ao aumento do número de produtores no Brasil. “Há dois anos, o produtor da planta estava rindo à toa, porque era o ouro do agronegócio brasileiro. Mas aí, com o preço bom, todo mundo quer plantar.”

Com monitoramento registrado desde 2001, a pesquisa já notou importantes apontamentos da macroeconomia, graças ao reflexo no valor desembolsado para alimentação. Para fins comparativos, o mesmo pacote de arroz (5 kg) que custava R$ 3,54 no começo do estudo, atingiu, na pandemia, o valor de R$ 27 (entre novembro de 2020 e janeiro do ano seguinte). “Nestes 22 anos de pesquisa, vemos como a inflação é alta e os preços mudam ao longo deste tempo e impactam na região”, afirma Vezzá.


Tanto é, que a última taxa de variação nacional do IPS (Índice de Preços dos Supermercados) mostra alinhamento com o Grande ABC – agosto teve deflação (queda nos valores alimentícios) de 1,1%, proporcional ao mesmo barateamento da cesta básica registrado na região.


REFLEXOS DA PANDEMIA


Segundo o último monitoramento da Companhia Regional de Abastecimento Regional de Santo André, a queda de valor registrada em agosto é sinônimo de um avanço frente a ainda fase de superação econômica da pandemia.


Entretanto, no mesmo período também surgiram oportunidades para o segmento, sobretudo, devido a um aumento na compra de cestas básicas para beneficiar famílias carentes nas fases mais agudas da pandemia. É o que comenta Gustavo Defendi, sócio-diretor da Real Cestas, companhia de São Bernardo que distribui alimentos, produtos de higiene e limpeza ao País há 23 anos.


“Hoje, o humanitário representa percentual importante no faturamento e fundamental para o lado social. Além disso, ainda é mais vantajosa a compra da cesta básica do que aquela, com os mesmos itens, realizada diretamente no supermercado”, explica.


Segundo o empreendedor, apesar do dado positivo de barateamento apontado recentemente pela Craisa, é necessário olhar o cenário como um todo: “No mês a mês caiu, mas ao que subiu nos últimos dois anos (devido à pandemia e implicações da guerra entre Ucrânia e Rússia), ainda está muito longe de voltar ao patamar que consideramos ideal”.


Para ele, mesmo com as empresas em busca contínua para reduzir custos, diante da inflação nos alimentos, há uma dificuldade em saber como repassar tal acréscimo de valor ao consumidor. Uma das alternativas apontadas pelo especialista passa por melhorar a logística regional e nacional: “Há dificuldade em andar nos grandes centros e ainda tem a escalada dos preços dos combustíveis”, pontua.


INDICAÇÃO AO FUTURO


Vale reforçar que, ainda segundo Vezzá, para esta época do ano não é esperada nenhuma safra específica que traria mais conforto para os bolsos dos consumidores. Entretanto, à frente, as frutas tropicais serão destaque (abacaxi, melão, manga e melancia) – além das ofertas propícias para pêssegos, ameixas ou nectarina.


Para o próximo boletim, que deve ser divulgado no mês que vem, Vezzá apenas revela otimismo: “Espero que ainda recue um pouco mais. Claro que alguns itens a gente sabe que continuarão pressionando – como o arroz, por exemplo, que deve continuar em alta. Mas em alguns produtos espero recuo, principalmente os hortifruti”, finaliza.


POR DIÁRIO DO GRANDE ABC


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