Os valores mais altos dos alimentos foram registrados em São Paulo, Florianópolis e Porto Alegre
CANAL NBS
A cesta básica ficou mais cara em junho em diversas capitais brasileiras, apontou um levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A alta nos preços foi percebida em nove das 17 cidades pesquisadas.
De acordo com o estudo, o valor mais alto da cesta básica foi registrado em Fortaleza (CE), de 4,5% em relação ao mês de maio. Em seguida, aparece Natal (RN) com 4,33% e João Pessoa (PB), com 3,36%.
No acumulado de 12 meses, o preço chegou a 26,54%, resultado identificado na cidade do Recife (PE). Por outro lado, o encarecimento dos alimentos alcançou os dois dígitos em todas as capitais analisadas pelo Dieese.
Em relação ao aumento dos preços ao longo do ano, destacaram-se Natal (15,53%), Aracaju (15,03%), Recife (15,02%) e João Pessoa (14,86%).
Contudo, o levantamento indicou que a cidade com o menor indicador (13,34%) foi Vitória (ES).
Valores em R$
Entre as capitais analisadas, São Paulo lidera com a cesta básica mais cara (R$ 777,01), apesar da queda de 0,12% entre maio e junho.
Na sequência aparecem as cidades de Florianópolis (R$ 760,41), Porto Alegre (R$ 754,19) e Rio de Janeiro (R$ 733,14) com as cestas básicas também caras. Além de Campo Grande (R$ 702,65), Curitiba (R$ 701,26) e Brasília (R$ 698,36).
Os menores valores médios foram identificados em Aracaju (R$ 549,91), Salvador (R$ 580,82) e João Pessoa (R$ 586,73).
Contradição
O estudo feito pelo Dieese mostra também um cenário desafiador para os trabalhadores, especialmente para aqueles que recebem o salário mínimo (R$ 1.212) e gastam até 69,31% do rendimento com a cesta básica, percentual registrado em São Paulo.
Apenas em Aracaju o conjunto dos alimentos básicos custa menos da metade do salário mínimo, chegando a 49,05% do rendimento mínimo.
Com base na cesta mais cara, a da capital paulista, a entidade estimou que o valor do salário mínimo necessário para suprir as necessidades do trabalhador e de sua família deveria ser de R$ 6.527,67, ou 5,39 vezes o mínimo de R$ 1.212,00.
POR DIÁRIO DE SÃO PAULO
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