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Briga interna do PROS pode tirar partido da coligação de Lula

Disputa jurídica entre dirigentes do PROS coloca em xeque retirada da candidatura de Pablo Marçal e apoio à coligação encabeçada por Lula

CANAL NBS

A decisão da direção do PROS de abdicar da candidatura de Pablo Marçal para integrar a coligação encabeçada por Lula pode terminar nos tribunais.


No último domingo (31/7), o vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça, Jorge Mussi, devolveu a presidência da sigla ao fundador do PROS, Eurípedes Júnior, após quatro meses de afastamento dele por ordem da Justiça Federal. O caso ainda pode ter reviravoltas na Justiça, por se tratar de uma decisão provisória.



O PT se esforçou para fechar o apoio do PROS à candidatura de Lula para se precaver de eventuais decisões que tirem Eurípedes do comando do partido.


No entendimento dos petistas, se a liminar que hoje o mantém na presidência do partido for revertida após a sexta-feira (5/8), último dia para formar as coligações, os rivais de Eurípedes não terão meios legais para anular o apoio a Lula.


A ala rival de Eurípedes é liderada por Marcus Holanda, um perito aposentado que foi eleito em julho de 2020 para assumir o comando do partido. A votação que o garantiu na presidência do PROS é contestada por Eurípedes.

Segundo os dirigentes que compõem o grupo de Holanda, não existe brecha jurídica para a direção atual anular a convenção do dia 31 de julho, que confirmou Marçal como candidato à Presidência.

Para isso, o PROS teria de convocar outra convenção, por meio da publicação de um edital com dez dias de antecedência, conforme manda a Lei Eleitoral, o que seria inviável até a sexta-feira.


Já os aliados de Eurípedes afirmam que uma nova convenção será feita no dia 5 para anular a anterior e ratificar o apoio a Lula.

A atual direção do PROS diz que existe uma jurisprudência no TSE que autoriza convenções em casos excepcionais e sem respeitar os dez dias de prazo. A coluna pediu para que a jurisprudência fosse detalhada pelos dirigentes, mas não houve resposta.

Nenhum dirigente envolvido no caso, nem do lado de Eurípedes nem de Holanda, quis falar abertamente sobre o imbróglio.

À coluna, Marçal disse que renunciará à candidatura por se negar a apoiar o PT. Ele não quis dizer se tentará manter sua candidatura ao Planalto pela via judicial. “Política é igual céu: todo dia muda”, afirmou.

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