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Brasil ultrapassa 250 mil mortes por Covid-19 com 2ª maior cifra diária desde início da pandemia

O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse nesta quinta-feira que a variante do coronavírus inicialmente detectada no Brasil, mais transmissível, já faz parte do cotidiano do país.

© Reuters/BRUNO KELLY Cemitério em Manaus

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil ultrapassou nesta quinta-feira o patamar de 250 mil mortes em decorrência da Covid-19, tornando-se o segundo país, após os Estados Unidos, a atingir a marca sombria em meio à pandemia de coronavírus.

Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados nesta quinta-feira 1.541 novos óbitos pela doença no Brasil, o que eleva o total de vítimas fatais da Covid-19 no país a 251.498.

A cifra diária representa ainda a segunda maior contagem de óbitos no Brasil desde o início da pandemia. Fica atrás apenas da registrada em 29 de julho do ano passado --quando, ainda na primeira onda do vírus, foram contabilizadas 1.595 mortes.

Além disso, o país também apurou 65.998 novos casos de coronavírus, com o total de infecções confirmadas localmente atingindo 10.390.461, acrescentou a pasta.

Este é o terceiro dia consecutivo em que os dados do governo federal apontam para mais de 60 mil novos casos. Antes dessa sequência, o patamar havia sido superado pela última vez em 28 de janeiro.

Além de segundo país com maior número de mortes por Covid-19, o Brasil também ocupa a terceira colocação em termos de infectados, abaixo dos EUA e da Índia. A confirmação do primeiro caso da doença no país completa um ano na sexta-feira.

Especialistas ouvidos pela Reuters afirmaram que os números recentes da pandemia no Brasil indicam que o vírus está circulando sem controle algum.

O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse nesta quinta-feira que a variante do coronavírus inicialmente detectada no Brasil, mais transmissível, já faz parte do cotidiano do país.

Ele acrescentou que a velocidade da transmissão da doença, dessa forma, pode pegar os gestores da saúde de surpresa.

"Na nossa visão, nós estamos enfrentando uma nova etapa dessa pandemia. Hoje, o vírus mutado nos dá três vezes mais a contaminação, e a velocidade com que isso acontece em pontos focais pode surpreender o gestor em termos de estrutura de apoio", afirmou Pazuello em pronunciamento.

"Essa é a realidade que nós vivemos hoje no Brasil."

Estado mais afetado pelo coronavírus em números absolutos, São Paulo atingiu nesta quinta as marcas de 2.014.529 casos e 58.873 mortes.

O governo paulista anunciou na véspera um "toque de restrição" das 23h às 5h, visando frear a disseminação do vírus.

Conforme os números do Ministério da Saúde, Minas Gerais é o segundo Estado com maior número de infecções pelo coronavírus registradas, com 862.502 casos, mas o Rio de Janeiro é o segundo com mais óbitos contabilizados, com 32.771 mortes.

O governo ainda contabiliza 9.323.696 pessoas recuperadas da Covid-19 e 815.267 pacientes em acompanhamento.



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