top of page
Foto do escritorCanalNBS

Bolsonaro fala de “censura em redes sociais” sem citar Telegram

Presidente alegou que “censores” atuam nos moldes de uma ditadura. No começo da semana, ele chamou de “crime” o bloqueio do Telegram

CANAL NBS

Sem citar expressamente o caso do Telegram, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta sexta-feira (25/3), que os brasileiros conheceram “censura em redes sociais”. Ele criticava governadores e prefeitos que tomaram medidas para conter o avanço da pandemia de Covid-19 e classificou os opositores de “protótipos de ditadores”. Em seguida, trouxe o caso das redes sociais.


“Vocês conheceram também ditaduras de outras formas, como censura em redes sociais. Quem são os censores? Escolhidos por que critério? Estão a serviço de quem? Querem prejudicar a quem?”, questionou Bolsonaro em evento no Palácio do Planalto de lançamento de medidas trabalhistas sobre teletrabalho e alimentação.]


Na segunda-feira (21/3), Bolsonaro classificou de “crime” a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que havia determinado a suspensão do Telegram por falta de colaboração com a Justiça brasileira.


A decisão foi revogada pelo próprio Moraes no domingo (20/3), após a plataforma cumprir determinações do STF. Uma delas envolvia justamente a exclusão de um link no canal do presidente da República na plataforma que dava acesso a documentos de caráter sigiloso de um inquérito da Polícia Federal (PF).


A decisão de Moraes atingiu em cheio o bolsonarismo. O canal do presidente no Telegram tem mais de 1 milhão de inscritos e é usado para veicular conteúdos com informações que poderiam ser barradas por redes sociais e plataformas com regras mais rígidas.

Bolsonaro atinge 1 milhão de seguidores no Telegram

Diferentemente de outras plataformas semelhantes, como o WhatsApp, o Telegram não vinha colaborando com autoridades brasileiras. Há um receio de que a falta de controle de mensagens falsas divulgadas no app causem distorções nas eleições de 2022.


Reunião com o TSE

Na quinta-feira (24/3), representantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Telegram no Brasil se reuniram para discutir formas de combater desinformações acerca das eleições na rede social.

Durante o encontro, foi apresentado o Programa de Enfrentamento à Desinformação, que terá papel fundamental no combate às fake news relacionadas ao pleito.

Além disso, também foi selada a parceria entre o Telegram e o TSE, para combate efetivo a comportamentos de divulgações falsas. Foi enviado para o Telegram, por e-mail, o Termo de Adesão ao Programa de Enfrentamento à Desinformação, cujo objetivo é combater fake news relacionadas especialmente ao sistema eletrônico de votação e a todas as fases do processo eleitoral.

O representante da rede social Alan Thomaz salientou que a plataforma está empenhada no combate à desinformação. Ele frisou a importância da abertura desse canal de diálogo e destacou o compromisso do Telegram no enfrentamento das notícias falsas.

POR METRÓPOLES



Comments


bottom of page