Paralisações estão previstas para ocorrer todos os dias, das 6h às 8h, nos aeroportos de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza
CANAL NBS
Pilotos e comissários de bordo fizeram uma paralisação no início da manhã desta segunda-feira (19/12). Os aeronautas pedem reajuste acima da inflação e melhores condições de trabalho. No primeiro dia de greve, os aeroportos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo, registraram atrasos. O Rio de Janeiro também foi atingido pela paralisação.
No aeroporto de Congonhas, 16 voos atrasaram. Foram cancelados quatro voos, mas não se sabe se os cancelamentos tem a ver com a paralisação. Em Guarulhos, a GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional do estado, informou que 10 voos estavam atrasados, mas nenhum foi cancelado.
TST determina que 90% dos aeronautas mantenham o serviço durante paralisação
No Rio de Janeiro, o aeroporto Tom Jobim (Galeão) também sofreu com os impactos da paralisação. No aeroporto Santos Dumont, dois voos foram cancelados e cinco estavam atrasados por volta das 7h50.
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Em Brasília, um voo que sairia às 6h35 foi remarcado para as 14h, enquanto filas se formavam no setor de embarque. Nos demais estados, ainda não há registros de atrasos.
A greve está prevista para ocorrer diariamente, das 6h às 8h nos aeroportos de São Paulo, Guarulhos, Campinas, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza.
Os aeronautas cobram melhores condições de trabalho, recomposição das perdas inflacionárias, renovação da convenção coletiva de trabalho, definição dos horários de início de folgas e cumprimento dos limites já existentes do tempo em solo entre etapas de voos.
Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a paralisação vai continuar ao longo da semana do Natal. "Nossas reivindicações são bem básicas. Há um caráter financeiro, pois a categoria já não tem uma recomposição inflacionária nem qualquer tipo de ganho real há pelo menos três anos. E um caráter social, pois tentamos garantir minimamente que as empresas respeitem as folgas e os repousos dos tripulantes", afirma Henrique Hacklaender, diretor presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), ao Estadão.
Segundo Hacklaender, é possível que haja atrasos de voos. "Quanto a cancelamentos, não podemos prever. É uma prerrogativa das empresas, elas é que vão decidir se vão cancelar ou não os voos", disse.
No último sábado, o Tribunal Superior do Trabalho (TST), determinou a manutenção de 90% dos aeronautas em serviço durante o período de greve comunicado pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a partir desta segunda-feira (19/12), das 6h às 8h, sob pena de multa diária no valor de R$ 200 mil.
A greve foi anunciada na última quinta-feira (15/12), em assembleia de pilotos e comissários de voo, e foi convocada por tempo indeterminado devido à frustração das negociações da renovação da Convenção Coletiva de Trabalho.
O que dizem as Companhias
Ao Correio, a Latam confirma atrasos na operação por conta da paralisação na manhã desta segunda-feira (19), mas garante que boa parte de sua operação encontra-se normal, com apenas alguns impactos pontuais em alguns voos.
A companhia pede para que os passageiros verifiquem o status do seu voo no site Latam. e afirma ainda que está em negociação com o Sindicato Nacional dos Aeronautas. “Os passageiros com voos afetados pela greve desta segunda-feira (19/12) poderão remarcar gratuitamente os seus voos ou, em caso de desistência, solicitar o reembolsos dos seus bilhetes. Em paralelo, passageiros afetados por atrasos receberão todas as assistências materiais previstas pela legislação em vigor”, diz a Latam, em nota.
A Gol informou que nenhum voo foi cancelado e apenas alguns sofreram atrasos. "Todos os esforços estão sendo empregados em tratar as contingências com nossos Clientes, minimizando muito os impactos", diz a nota. A companhia pede que os passageiros confiram os status dos voos pelo site da empresa.
A Azul Linhas Aéreas Brasileiras disse que não comentará o assunto.
Por: Correio Braziliense
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