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Atirador almoçou com pais e foi para casa de praia após ataques

Depois de cometer atentado a tiros em dois colégios de Aracruz (ES), atirador foi para casa e fingiu que nada tinha acontecido

CANAL NBS O adolescente de 16 anos que cometeu um atentado a tiros em duas escolas de Aracruz (ES), na última sexta-feira (25/11), almoçou com os pais após o crime. Depois de matar três professoras e uma aluna, o atirador foi para casa, devolveu as armas do pai que havia usado no ataque e fingiu que nada tinha acontecido. Além dos quatro mortos, cinco feridos estão hospitalizados, sendo três em estado grave. Após a refeição, os pais e o adolescente foram para a casa de praia da família, em Mar Azul. “Os pais sabiam do atentado e chegaram a comentar. Ele se fez de desentendido”, relatou o delegado André Jeretta, em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (28/11). Os pais não teriam conhecimento dos crimes do filho. Segundo o delegado, o adolescente relatou que planejava o atentado há cerca de dois anos. Ele se aproveitou de um momento em que os pais foram ao supermercado fazer compras.


O atirador vestiu um uniforme militar com uma suástica nazista e pegou duas armas do pai, que é policial militar. As armas, uma pistola e um revólver, estavam escondidos no quarto do pai. Um dos armamentos estava inclusive com um cadeado. Das 13 pessoas feridas no ataque, duas mulheres receberam alta nesta segunda do Hospital Filantrópico São Camilo, em Aracruz. Outras mulheres, com idades entre 45 e 52 anos, permanecem em estado grave, e a adolescente de 14 anos, baleada na cabeça, está entubada e em estado muito grave. As informações foram divulgadas pela Secretaria da Saúde do Espírito Santo (Sesa). Casa de praia após almoço

Depois de cometer os dois atentados, o adolescente voltou com o veículo para casa. Ele tentou reagir naturalmente e almoçou com os pais como se nada tivesse acontecido.


A família foi para a casa de praia da família, em Mar Azul, depois do almoço. A polícia conseguiu localizar o imóvel e foi até lá. Inicialmente, o adolescente negou o crime, mas acabou confessando diante dos indícios. Ele disse que planejou o ataque porque sofria bullying, mas a polícia investiga se havia relação com grupos nazistas ou com outras pessoas. De acordo com a polícia, o atirador era considerado introspectivo e havia abandonado a escola há seis meses. Ele fazia tratamento com psiquiátrico e psicológico.


O atirador vai responder por atos infracionais análogos aos crimes homicídio e tentativa de homicídio.


Manuseava arma

Para chegar até os dois colégios e atirar contra a comunidade escolar, o adolescente usou um carro Renault Duster marrom do pai. Ele cobriu as placas do veículo com folhas de revista.


Na escola estadual Primo Bitti, o atirador entrou pelos fundos e descarregou a pistola duas vezes na sala dos professores, onde os funcionários passavam o horário de intervalo. O revólver foi usado na segunda escola, a Coqueiral Vera Cruz.


“Sempre que tinha oportunidade de ficar sozinho, ele pegava as armas e as manuseava, sem conhecimento de familiares”, disse André Jaretta sobre o depoimento do atirador.


No entanto, o delegado disse que ainda não é possível dizer se o adolescente já tinha disparado uma arma de fogo antes do ataque. Ele pesquisava na internet sobre armas de fogo e o pai foi afastado para o administrativo da PM, enquanto é investigado por um procedimento interno. A polícia investiga se o pai ensinou o filho a atirar. POR METRÓPOLES


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