A PF fez a descoberta por meio de uma série de diálogos captados nas mensagens de WhatsApp de Mauro Cid
CANAL NBS Em uma série de diálogos captados pela Polícia Federal (PF) nas mensagens de WhatsApp do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ministro da Secretaria de Comunicação de Jair Bolsonaro (PL); o ex-secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, discutiu a possibilidade do Tribunal de Contas da União (TCU) exigir que o ex-presidente devolvesse as joias recebidas como presentes da Arábia Saudita.
Wajngarten expressou sua preocupação em relação à situação, afirmando: "Por isso era muito melhor a gente se antecipar". Ele também mencionou em tom crítico o advogado Frederick Wassef e o coronel Marcelo Câmara, referindo-se a eles como o "gênio do [Marcelo] Câmara e Fred contaminam tudo" e os acusando de serem "burros demais". O contexto envolve a articulação para o "resgate" de um relógio Rolex de ouro branco e diamantes para devolução ao tribunal.
Essas mensagens foram fundamentais para a convocação de Wajngarten para depor perante a PF nesta quinta-feira (31/8). Wajngarten utilizou uma petição da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo para exercer seu direito ao silêncio durante o interrogatório. No entanto, logo em seguida, ele iniciou a preparação de uma ata notarial com o histórico das mensagens, com o objetivo de provar que só tomou conhecimento da venda das joias pela imprensa.
A motivação de Wajngarten para esse movimento parece ser proteger-se das ameaças que Wassef vem fazendo nos bastidores, com o advogado declaradamente buscando "acabar com Wajngarten", segundo relatos de amigos em comum. Wassef atribui as recentes reportagens que mencionam seu nome a supostos "vazamentos" e "plantações" de informações por parte de Wajngarten, chegando a utilizar termos ofensivos.
Wassef também acusa Wajngarten de disseminar o apelido "Wasséfalo" no círculo próximo a Bolsonaro, fazendo referência às últimas ações relacionadas ao caso dos presentes de luxo. Essa rivalidade entre os dois FWs (iniciais de seus nomes e sobrenomes) é apenas uma das várias disputas que têm ocorrido nos bastidores da administração Bolsonaro.
Wassef costuma afirmar que foi ele quem apresentou Wajngarten ao ex-presidente antes das eleições de 2018, sugerindo que o afastamento entre eles ocorreu depois que Wajngarten teria tentado prejudicá-lo junto ao chefe.
Por outro lado, Wajngarten afirma ter conhecido Wassef em um jantar de arrecadação de fundos, negando qualquer conflito. No entanto, as mensagens que ele entregará à PF incluirão o bloqueio de Wassef por ele em agosto de 2022, durante a campanha eleitoral.
Além de Wajngarten, outros profissionais que já fizeram parte da defesa do ex-mandatário em diferentes momentos também foram alvos das tensões de Wassef, incluindo a advogada Karina Kufa e o advogado do Partido Liberal (PL), Marcelo Bessa. Esses desentendimentos e rivalidades continuam a se desenrolar nos bastidores da política brasileira.
POR MEIONORTE.COM
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