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Após críticas, Ministério da Saúde retira do ar aplicativo que indicava remédios sem eficácia

A justificativa da pasta para a retirada é que o sistema havia sido ativado "indevidamente".

© Shutterstock - Por Folha Press


O Ministério da Saúde retirou do ar nesta quinta-feira (21) um aplicativo indicado a profissionais de saúde e que recomendava remédios sem eficácia contra a Covid, como a cloroquina. A justificativa da pasta para a retirada é que o sistema havia sido ativado "indevidamente".


A partir do preenchimento de um formulário eletrônico com os sintomas do paciente, o aplicativo TrateCOV sugeria a prescrição de medicamentos como hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina, azitromicina e doxiciclina em qualquer idade, inclusive para bebês, e em situações diversas, não só para Covid-19. Estudos, no entanto, já descartaram que o remédio tenha eficácia contra a doença.

A medida gerou reação de entidades médicas, inclusive de algumas que até então vinham adotando posições mais alinhadas ao governo ou evitando manifestações sobre o tema. Em nota divulgada nesta quarta (21), o Conselho Federal de Medicina disse que alertou ao Ministério da Saúde sobre "inconsistências" na ferramenta e pediu que fosse retirada do ar. A posição ocorreu após análise feita por conselheiros e assessores técnicos e jurídicos.

No último ano, o conselho emitiu um parecer que autorizava a prescrição de cloroquina em alguns casos, embora citasse não haver comprovação de eficácia. Já nesta quarta, o conselho afirma na nota que o TrateCov "assegura a validação científica a drogas que não contam com esse reconhecimento internacional".

Aponta ainda outras inconsistências, como não preservar o sigilo de informações, permitir o preenchimento por profissionais não médicos e induzir à automedicação e à "interferência na autonomia dos médicos".

A plataforma já não podia mais ser acessada nesta quinta (21). No lugar do endereço original, aparece a mensagem de que o formulário já não está mais ativo.

Questionado, o ministério disse, em nota, que a plataforma foi lançada como um projeto-piloto "e não estava funcionando oficialmente, apenas como um simulador".



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