Na rodada passada do Paulistão, após empate sem gols com o São Paulo no Allianz Parque, o técnico cobrou contratações de peso para as vagas de Gustavo Scarpa e Danilo e acabou inflamando a torcida contra a presidente Leila Pereira.
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Abel Ferreira sabe que o Palmeiras não pode andar em rota de colisão com seu torcedor. Prestes a decidir mais um título - encara o Flamengo, no Mané Garrincha, sábado, valendo a taça da Supercopa do Brasil -, o treinador português amenizou as cobranças por reforços, exaltou o elenco, e pediu que os palmeirenses "confiem" no seu trabalho e da diretoria.
Na rodada passada do Paulistão, após empate sem gols com o São Paulo no Allianz Parque, o técnico cobrou contratações de peso para as vagas de Gustavo Scarpa e Danilo e acabou inflamando a torcida contra a presidente Leila Pereira. Em busca de tranquilidade, o técnico aproveitou o clima mais leve com a vitória sobre o Ituano, por 3 a 1, para balançar a bandeira branca cobrando paz de todos.
"Importante é que nossos torcedores, os mais ansiosos, confiem naquilo que faz o treinador, os jogadores e o que faz a direção", afirmou Abel Ferreira. "E no final (da temporada ou das competições), sim, temos que ser julgados por aquilo que fazemos. No início, me parece um pouco precipitado", disse. "Mas quem ama este clube, este escudo, está junto."
O técnico acabou jogando a polêmica na conta da imprensa, que segundo ele acabou cravando que estava cobrando peças de reposição de peso. Mas foi justamente Abel Ferreira quem pediu contratações à altura. "Eu acho que muita dessa confusão, desculpa dizer isso, são vocês (jornalistas) que empolam a polêmica. Sabemos o que queremos e para onde caminhar", alegou. "O clube está atento a tudo."
Acostumado a trabalhar com jovens, Abel Ferreira festejou o título da Copinha e exaltou o "hábito de ganhar instalado" no Palmeiras. Parabenizou os meninos após o triunfo por 2 a 1 sobre o América-MG na decisão.
"Hoje falei com a Leila, ela estava dizendo que estava doendo o pescoço e eu não entendi. Ela estava querendo dizer das medalhas no pescoço", se divertiu. "É dar os parabéns, sobretudo, para a formação. É um trabalho que vem sendo feito há cinco, seis anos", comemorou, deixando aberto as portas para a promoção de mais uma safra de campeões como já fizera em 2022.
Sobre a decisão com o Flamengo, Abel mais uma vez mostrou sua revolta por ter de jogar um dia após os cariocas. Por causa da não mudança na tabela do Paulistão, ele foi obrigado a poupar o time inteiro em Itu, arriscando o resultado.
"Antecipadamente, falamos com a FPF, pedindo para ter atenção a essa situação da final da Supercopa, que estava programada para uma data e foi para outra. Não sei quem fez isso, mas alguém fez. Não teríamos o tempo suficiente para descansar e acabamos não vindo com a máxima força", protestou. "Uma pena que a Federação não tenha levado isso em conta. Disseram que não era possível antecipar o jogo do São Paulo e do Ituano em um dia (jogaram no domingo e o Palmeiras não pôde jogar em Itu na terça, como requisitava). Como não foi possível, fizemos o que viram hoje (quarta-feira)."
Abel, contudo, fez questão de elogiar a postura do time alternativo e garantiu que a mesma disposição será vista em Brasília no sábado. "Acreditamos nesses jogadores, fizeram um jogo extraordinário, de qualidade e grande atitude competitiva. Por isso digo, não há nenhum reforço que tenha mais força que o nosso coletivo", afirmou. "O próximo jogo é uma final e não mudaremos nossa atitude. É desde o início, até o fim, jogando para vencer." POR ESTADAO CONTEUDO
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